Antes de efetivamente relatar tudo que aconteceu durante os pouco mais de 30 dias que fiquei perambulando por 3 das ilhas do Hawaii e por alguns estados da Costa Oeste dos Estados Unidos, eu gostaria de revisar o roteiro, explorar um pouco mais a introdução desse recorrido por algumas das cidades mais interessantes deste país em minha opinião, ao menos até então 😀
Parti do aeroporto de Brasília rumo ao Panamá com a Copa Airlines, com um ticket Star Alliance na mão emitido pela TACA/AVIANCA/LIFEMILES. Ao desembarcar em Los Angeles e perder o último voo do dia pra Honolulu, consegui um vouncher uma noite nas proximidades do LAX.
No primeiro voo da manhã seguinte embarquei para Oahu finalmente em um voo tranquilo da United. Ao chegar, explorei esta ilha e emiti meu certificado de mergulhador PADI open water com a galera da Ocean Legends. Como eram 5 dias nesta ilha, aproveitei para focar meus esforços e conhecer como a palma da minha mão as áreas mais interessantes e turísticas, tais como a Hanauma Bay, o Diamond Head, Waikiki e suas praias e muito mais.
Meus amigos de NY no nosso mergulho de certificação
Depois de conhecer boa parte da principal ilha do Havaí, parti para Maui em um voo em um Cessna da Mokulele Airlines, uma cia aérea local que conecta as ilhas de uma forma bem interessante – pra quem não conhece os Cessnas são aeronaves para até 8 passageiros, que voa mais baixo e que felizmente me proporcionou experiências sensacionais!! Vamos falar muito das formas de voar pagando barato entre as ilhas – o que em minha opinião é mais do que obrigatório para quem vai conhecer o Havaí.
Foram 4 dias completos em Maui, alugamos um veículo via craigslist e rompemos para lugares realmente sensacionais – para se ter uma idéia a primeira aventura foi a cênica Road to Hana, uma rodovia que conecta o sul da ilha através de uma rodovia fantástica, totalmente tomada por curvas onde paisagens oceânicas mesclam-se com a beleza da vegetação litorânea, densa e tomada por cachoeiras e piscinas naturais. Além disso conheci a bela Lahaina, subi o vulcão Haleakala e mergulhei no Molokini Crater! Dormi na beira da praia ao som das ondas quebrando muito próximas do carro alugado (exatamente isso que vocês estão pensando!)
Árvore no centro da cidade de Lahaina em Maui
Depois de me apaixonar pela mais bela das ilhas (isso na minha opinião até o momento!) desembarquei em Kona, a ensolarada cidade dos torneios de ironman, na Costa Oeste da Big Island, ou Hawaii mesmo pra quem vive por lá. Mais uma vez um carro alugado fez o tour ganhar praticidade! Como não dependia de guias, ou de contratar tours, bastava passar em qualquer supermercado, comprar o básico e seguir adiante. Mais uma vez o primeiro ponto alto foi subir até as estações de observação que ficam no topo do Vulcão Kilauea, visitei o Parque Nacional dos Vulcões e depois disso trilhei o caminho para conhecer a Costa Leste da Grande Ilha do Havaí – a cidade de Hilo algumas cachoeiros (Akaka Falls). Viajei dois dias depois de Hilo a Kona, passando pela árida região central da Big Island, mais uma vez por uma rota cênica, a Saddle Road, que também explorei no dia que cheguei, sendo que o acesso ao topo é feito por essa belíssima rodovia!
Um belo pôr do sol em Kona Bay
Uma vez de volta a Oahu, já estava preparado para voltar para a Main Land, mas consegui um prazo para voltar nos melhores lugares que conheci e que julguei merecer uma nova impressão. Infelizmente North Shore e Pipelineficarão para a minha próxima visita (que obviamente vai acontecer muito em breve!). Minha volta ao continente americano seria realizada também por um voo United e desembarcaria desta vez na grande San Francisco, a grande surpresa dessa viagem! Eu até acreditava que iria ser surpreendido pelo Havaí e todas as belezas que realmente existem por lá, mas eu não tinha expectativas sobre SF, e foi uma cidade que me encantou realmente de uma forma diferenciada! Tanto pelo astral, quanto pelo clima, mas principalmente pela oportunidade que me foi dada de rever amigos que fiz enquanto ainda caminhava pelas ruas de San Juan del Sur na Nicaragua!
Dois dias em SF, via Oakland, em um voo da Spirit Airlines, pisei pela primeira vez na vida na tal da afamada Las Vegas, a grande decepção da viagem! Não que eu tenha rancor ou algo contra esta metrópole, mas que assim como não gerei expectativas para SF, acabei esperando demais por uma cidade que na minha opinião é a maior farsa dos Estados Unidos. É claro que ela é essêncial aos viajantes que querem conhecer outros highlights do centro-oeste americano, mas sinceramente, eu voltaria a Vegas apenas para conseguir sair dela e explorar melhor os arredores sensacionais que existem por ali! E foi mais ou menos isso que realizei! Um dia em Las Vegas para me decepcionar (e vocês vão saber mais sobre isso nos posts que virão!) e trilhei o caminho do Death Valley. Bate e volta pra Vegas, nossa cidade base, e mais uma vez estava a caminho da grande cereja desse bolão estado-unidense, o Grand Canyon, no Arizona.
Grand Canyon, Arizona – fevereiro 2013
Foi nessa atração o meu encontro real com as baixas temperaturas – até havia conhecido ambientes frios quando visitei a Patagônia, mas nada é igualável ao frio que fazia em minha visita ao Grand Canyon. Um frio polar semelhante ao enfrentado no topo do Vulcão Kilauea, na Big Island – o primeiro contato com a neve acumulada no chão, por todos os lados! Uma experiência para carregar para a posteridade!
Depois de explorar o cânion por dois dias (cheguei por volta das 4 da tarde de um dia e parti por volta das 7 da noite do dia seguinte), viajei de volta a Vegas, para devolver o carro e mudar os planos da viagem. O objetivo inicial era voar para Idaho Falls e tentar explorar a região do Yellowstone, mas antes de embarcar, decidimos checar as condições do clima na região e chegamos a conclusão que não seria muito fácil encarar estradas fechadas, neve e temperaturas negativas durante 6 dias, então foi quando cancelamos o voo que levaria-nos até essa região e decidimos alugar um novo carro no LAS e devolvê-lo no LAX, eu estava sedento por conhecer a fundo a California. E assim foi feito…
Sequoia, Kings Canyon e Yosemite em um dia inteiro
Em seis dias, viajei com meu brotha Diogo, desde Las Vegas até São Francisco (eu precisava sentir de novo aquela cidade!), mas não fomos direto não! É claro que antes de chegar até SF, passamos pelo Parque das Sequóias & Kings Canyon, e arrematamos com o fim do dia no Yosemite National Park, puxa vida, essa sim foi a experiência com frio, neve e estradas congeladas mais impressionante que poderia ter vivenciado. Aqui caminhei por vales completamente nevados, e me encontrei com General Sherman, a maior árvore em volume da face da Terra.
Depois de mais um dia em San Francisco, começamos nosso retorno para o fim da viagem, em Los Angeles, onde conheci Malibu, Santa Monica e Hollywood. Contabilizando…, 35 dias nos US, 14 trechos voados, 4 veículos alugados, 4.500 milhas dirigidas, 12.534 fotos, 450 vídeos…, intenso não é mesmo? Então se liga no Boa Viagem e não perca nadinha sobre cada detalhe de tudo que aconteceu nesses dias irados que já estão merecendo bis!