Enquanto viajava de ônibus rumo a Phnom Penh, a capital cambojana, eu apenas apreciava a vista e obtinha primeiras impressões de um novo país do Sudeste Asiático. Até então já havia cortado a Tailândia desde Bangkok até o sul, nas ilhas Samui e Phi Phi, voado desde Phuket até Denpasar na Ilha de Bali (Indonésia), onde obtive experiências incríveis com a cultura e tradição deste povo. Desde Bali voamos novamente para Hanói, a capital vietnamita, conhecemos a Baía de Halong e depois mais um voo e estávamos em Ho Chi Minh City para conhecer o Delta do Mekong, alguns museus e muitos mercados. Era hora de um pouco de roadtrip. Um pouco não! MUITOS TRECHOS rodando de buzão nos aguardavam pelas rodovias do Camboja!

Nosso primeiro ponto de parada seria o balneário de praias chamado Sihanoukville, mas infelizmente todos os destinos do Camboja obrigam os turistas a fazerem uma breve parada na capital de nome praticamente impronunciável: Phnom Penh, que está estrategicamente localizada no meio da nação. Então quem vem do Vietnã é obrigado a visitar esta caótica capital do Sudeste Asiático duas vezes se desejar conhecer os lugares que conheci: uma vez para bater no centro do país e voltar até o Sudeste, já no litoral, e outra vez para passar por Phnom Penh em direção a Siem Reap, portal de entrada para quem quer conhecer o patrimônio histórico da humanidade chamado Angkor Wat.

Até chegar nesse ponto da viagem foram muitos kilômetros vencidos, muitos casebres cambojanos deixados para trás, muita poeira nas estradas, muitas comidas estranhas e uma nova cultura a ser explorada. Foi importante pegar uma poltrona no ônibus com janela para apreciar a vista até chegar na capital cambojana.

Camboja - primeiras impressões
Camboja – primeiras impressões

A disparidade se mostrava de uma forma estrondosa. As casas eram realmente pobres, as paradas que o ônibus tinha que fazer durante o caminho até a capital fazia com que vários pedintes se aglomerassem em volta das janelas, muitos tentando vender refrigerantes e água, outros tantos, principalmente crianças estavam apenas esmolando. Uma realidade dura e cruel, que parecia querer nos acompanhar nesses próximos cinco dias de exploração do território cambojano. Eu sinceramente fiquei bastante tocado por ver aquelas pessoas lutando pela sobrevivência de uma forma tão díficil.

É claro que tudo isso não é nada mais do que o reflexo das guerras e conflitos armados que aniquilaram milhares de cambojanos e deixaram tantos outros abaixo da linha da pobreza. E não bastasse tudo isso, chegamos a noite em um novo país sem ter um lugar para hospedar. Bom primeiro buscamos por comida no grande mercado ao céu aberto que existe no centro da capital do Camboja, só que com os estômagos sensíveis, preferimos não optar pelos patos fritos e seguimos buscando um ugar para hospedagem.

Em busca de um hotel na capital cambojana
Em busca de um hotel na capital cambojana

E logo em uma das primeiras guest house visitadas, uma placa bem animadora nos tentava convencer de que aquele era um lugar seguro para passar uma noite. Bom, a placa afirmava que as 3 primícias da casa eram não permitir hóspedes com drogas, armas ou mulheres menores de idade – bem sugestivo colocar uma placa gigante desta logo na recepção! Bom, este lugar não tinha vagas e seguimos procurando um outro – não demorou muito até encontrar um bom lugar, com vista para a parada de ônibus que enfrentaríamos na manhã seguinte. Mas a fome ainda existia. Deixamos tudo no quarto, fizemos uma oração para ter a certeza de que estávamos em um lugar seguro e saímos para a rua, a procura de um shopping-center para comer algo que não comprometeria a viagem no dia seguinte! Encontramos um shopping localizado próximo de onde estávamos hospedado e procuramos algo para comer. Encontramos um restaurante no mínimo interessante. Ele tinha o nome de Shabu Shabu & Sushi Buffet, localizado na Samdach Sothearos Blvd, estava bem lotado e com isso confirmamos que este seria um bom lugar para matar a fome!

Buffet de sushi (#sqn) em Phnom Penh
Buffet de sushi (#sqn) em Phnom Penh

Funcionou mais ou menos assim. Pagamos cerca de U$ 7 por pessoa e fomos levados a um bom lugar próximo de onde saiam os pratos. Os chefs preparavam os acompanhamentos para serem mergulhados em uma panela com água fervendo fixada na bancada. Bastava escolher o que queria, colocar para ferver e bom apetite! Eu fiz um vídeo nesta oportunidade que é mais eficiente para explicar essa peculiar refeição do que as minhas palavras escritas:


Comendo em um buffet de sushi em Phnom Penh

Comemos até literalmente entupir! Eu fiquei bastante frustrado pois entrei pensando que seria um belo de um rodízio de comida japonesa, com sushi e sashimi a vontade e com bastante variedade, mas o que eu encontrei foi uma panela de sopa borbulhando e vários ingredientes prontos para serem mergulhados, cozidos e posteriormente consumidos. Bom, para quem estava com fome e só tinha iguarias como o pato frito da montagem anterior próximo ao hotel, eu me fartei e voltei quase rolando para a hospedagem.

Depois de matar a fome foi hora de repor as energias com uma boa noite de descanso. Acordamos bem cedo pela manhã para comprar os tickets da viagem até Sihanoukville. A vista do quarto já adiantava um pouco do que viveríamos no dia seguinte: caos, bagunça e uma viagem longa pela frente, mas sabia que ao final daquele dia eu estaria chegando em um destino com praias paradisíacas! Foi dito e feito!

Com o ticket para Sihanoukville na mão aguardando a hora do ônibus
Com o ticket para Sihanoukville na mão aguardando a hora do ônibus

Quer saber como é esse destino praieiro no Camboja? Todo mundo que conhece esse país acaba deixando para ver apenas Siem Reap e eu fiz questão de investir alguns dias explorando essa alternativa fora do mapa turístico do Sudeste Asiático. Vai valer muito a pena ficar ligado nas nossas próximas atualizações hein! Bom, enquanto isso deixo com vocês um pouco do visual das ruas do centro de Phnom Penh, com mais um videozinho gravado enquanto estava dentro do ônibus, partindo para Sihanoukville, sente só como é o caos urbano da capital do Camboja:


Um rolé pelas ruas do centro de Phnom Penh – Camboja

Autor
Luiz Jr. Fernandes
Luiz Jr. Fernandes
Sou um analista de sistemas, fotógrafo, autor deste blog e viajante profissional. Já conheci mais de 70 países em todos os continentes do mundo. As minhas matérias são 100% exclusivas, inspiradas em experiências reais adquiridas nos destinos que visito. Obrigado por ler e acompanhar o meu trabalho.
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