Passados um mês e alguns dias, aqui estou eu de volta da terra do Tio Sam. Foram dias extremamente intensos, aproveitados na plenitude de cada segundo, sempre buscando priorizar os highlights dos lugares que tive a oportunidade de conhecer e esta publicação tentará recapitular brevemente as diversas cerejas que este bolo norte-americanizado vai trazer para vocês muito em breve.

Parti da minha casa no dia 4 de fevereiro. Meu destino era inicialmente o aeroporto de Brasília, onde iria conhecer melhor o intinerário que a TACA-Avianca-Lacsa havia preparado para a passagem maluca que o Lifemiles havia emitido para mim. Meu destino final era Honolulu, a capital da Ilha havaiana de Oahu. Eu demoraria mais de 38 horas para desembarcar, mas acreditava que tudo estava muito simples para uma viagem tão distante e até certo ponto complexa. Ao fazer o checkin, o bilhete deu um certo trabalho aos atendentes, já que havia sido emitido pelo escritório da Taca, mas na realidade eu voaria via Star Alliance, com a combinação Copa + United. A passagem de ida tinha as seguintes pernas: Brasília – Panamá – El Salvador – Los Angeles – Honolulu. Os trechos foram emitidos com folga suficiente para realizar todas as conexões, antes mesmo de emitir o ticket no sisteminha do Lifemiles fiz questão de revisar várias vezes se eu teria disponibilidade para ao menos realizar um lanche entre os voos e tudo estava perfeito, lindíssimo, até a Copa resolver mudar o voo que partia do Panamá para Salvador, destruindo a minha conexão em LA para Honolulu.

Perambulando no aerporto do Panamá ainda na ida
Perambulando no aerporto do Panamá ainda na ida

Quando emiti o ticket eu teria 6 horas em LA, o que seria suficiente para cobrir qualquer tipo de eventual atraso, e ainda me sobrando um bom tempo para realizar as tarefas obrigatórias para essa fase da viagem: passar pela imigração e ganhar mais um carimbo no passaporte, esperar a minha mochilona despachar chegar, passar pela aduana, encontrar o lugar que deixaria a minha bagagem despachada e eu ainda teria que correr até o checkin da United para pegar o último boarding pass que me levaria direto ao paraíso. Eu tinha 30 minutos para fazer tudo isso, e claro, eu perdi o último voo da noite pro Hawaii. Eu estava consciente que a possibilidade disso acontecer era gigantesca, mas uma vez em solo estado-unidense eu procurei me tranquilizar e tentei encontrar a solução mais racional para aquela situação.

Sinal de boas vindas em Los Angeles
Sinal de boas vindas em Los Angeles

Não poderia reclamar nada com a United, que no máximo e gentilmente me alocou no primeiro voo que partiria pela manhã. Eu já estava a dois dias na estrada e não tinha um cheiro nada agradável. Ela orientou que o melhor a fazer seria esperar o pessoal da Copa começar a atender e então ver o que eles poderiam fazer por mim (sim, eu precisava de um banho!) Aguardei até as 8 da noite (meu voo chegou 04:30 da tarde), para que os atendentes da Copa pudessem me dizer que eu deveria esperar até as 10, desde que eles iriam atender o checkin do voo deles primeiro. Eu já estava irritado, cansado, com fome e sono. Tentei procurar algo para comer e descansar entre os terminais 2 e 3 do LAX na food court gigante que existe por ali. Voltei mais ou menos na hora indicada e tive que esperar mais 30 minutos para começar a grande presepada de explicar pra atendente que por conta da mudança do voo no Panamá eu acabei ficando pra trás. Eu gastei mais uma hora para conseguir fazer ela entender isso e ainda por cima tive qeu provar com papéis e tudo mais que conseguisse que por conta dessa mudança eu havia ficado em LA sem planejar isso. Ela não quis engulir logo de primeira, e foi bem difícil mostrar o erro e convencê-la a me dar a assistência necessária. Minutos depois estava ela a preencher um bloquinho de vouchers e eu acabei conseguindo o descanço necessário no hotel Hacienda que fica nos arredores do aeroporto. O pior foi chegar a conclusão de que mesmo emitindo com milhas eu quase fiquei sem conhecer o destino final, pois eu comecei a escutar o papinho de que eu estava errado e que a Copa não poderia responder por esse problema e eu teria que ir atrás da Avianca – um rolo só, prezado leitor.

Fui pro hotel, jantei (eles também me deram vounchers de alimentação), tomei um banho de meia hora na banheira e dormi com o despertador configurado para as 05:40 da matina. Algumas horinhas depois eu estava em um voo da United rompendo para as ilhas do Hawaii – eu estava mesmo era preocupado com a minha mochila cargueira, que acabou viajando sem eu pela primeira vez na vida! Resumindo, 3 dias depois que saí do meu país, consegui chegar ao destino final, totalmente virado do avesso, com 8 horas a menos no fuso e ainda sob os sintomas do jet-lag. Mas todos esses aborrecimentos eram apenas pormenores se comparados com as experiências que estava prestes a adquirir nos próximos 35 dias.

Eu gostaria muito de conseguir resumir um mês de viagens incríveis por destinos que sempre sonhei em conhecer apenas neste post, mas sinceramente isso seria um desperdício da minha parte. Foram mais de 80 Gb de dados coletados entre vídeos e fotos, com três câmeras principais. Fotos a 40 metros abaixo do nível do mar e até a mais de 4.000 metros acima. Desde Oahu a Maui, esticando mais 6 dias na Big Island – a #AlohaTour, consistiu nos 15 dias com as melhores vibrações que eu poderia captar deste ambiente tão espetacular!

Waikiki - vista aérea
Waikiki – vista aérea

Depois disso, fui conhecer San Francisco por dois dias, que deixaram saudade extrema pelas amizades, pela beleza da cidade, pela energia que corria livremente no ar. Depois disso um voo curto de Oakland a Las Vegas e eu estava mais próximo de um dos grandes objetivos dessa viagem: visitar o Grand Canyon, no Arizona!

Com um veículo alugado no aeroporto, sem muito dinheiro, mas com desejos intermináveis de explorar essa região, passei um dia em Vegas e depois rumei para minha viagem ao Grand Canyon – foram 4 dias explorando as regiões mais fantásticas que até então já tive a oportunidade de conhecer – primeiro pelo clima, algo totalmente novo até então para mim – dirigir as milhas que separam a Nevada do Arizona e admirando a beleza das estradas cobertas por gelo foi algo impagável, experiência ímpar que todo viajante que curte novos ambientes deve experimentar. Dormindo dentro do veículo, nas dependências do Parque Nacional, chegamos para presenciar o belo pôr do sol, e partímos no dia seguinte, também ao fim do dia de volta a Las Vegas. Alguns dias a mais nessa fantástica metrópole e tomamos a decisão de mudar os rumos da viagem. Os planos eram ir até Idaho Falls, para alugar um carro e conhecer o Yellowstone, voltando de Salt Lake City até Los Angeles, para finalmente voltar ao Brasil. Mas a Califórnia nos chamava…, e acabamos decidindo por cancelar os voos e alugar um carro no aeroporto de Vegas para devolver no aeroporto de LA. Lá estávamos nós prontos para a última perna dessa grande viagem nos EUA!

Grand Canyon - Arizona - EUA
Grand Canyon – Arizona – EUA

De Las Vegas partimos de volta para a California e o desejo era evitar por alguns dias as metrópoles e conhecer melhor os parques desse fantástico estado – passamos pelo parque das Sequóias, subindo até os King Canyons e finalizando o dia no Yosemite National Park. A noite foi na beira da estrada, em algum hotelzinho localizado a menos de 100 milhas de San Francisco – eu precisava de mais dois dias nessa fantástica cidade! Chegamos no outro dia bem cedinho, aproveitamos o sábado a noite e no domingo a tarde começamos a trilhar nosso caminho de volta a LA.

Como as rodovias são extremamente convidativas, dirigi por mais de 300 milhas até encontrar um lugar bem próximo a Los Angeles para dormir – no outro dia bem cedinho adentraria essa gigante estado-unidense pelo seu litoral, passando por Malibu até Santa Mônica, mas minha última noite foi mesmo em Hollywood. No dia seguinte, conheci o porto de Santa Mônica e finalmente rompi para o LAX, era o fim de uma odisséia incrível que vai se transformar em várias dezenas de posts nos próximos capítulos da história de vida do Blog Boa Viagem. Você não vai deixar de acompanhar a gente né!? Assim que sobrar um prazinho e conseguir aterrisar de verdade no Brasil, volto para compartilhar um pouco mais sobre o que vem por aí! Continue seguindo de pertinho pelo twitter, facebook ou instagram! Boa Viagem e até o próximo post!

Autor
Luiz Jr. Fernandes
Luiz Jr. Fernandes
Sou um analista de sistemas, fotógrafo, autor deste blog e viajante profissional. Já conheci mais de 70 países em todos os continentes do mundo. As minhas matérias são 100% exclusivas, inspiradas em experiências reais adquiridas nos destinos que visito. Obrigado por ler e acompanhar o meu trabalho.
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2 comentários publicados
  1. Conheci seu blog agora e estou gostando muitoooo, te confesso amooo os Estados Unidos, estive 6 vezes em Orlando, 3 vezes em Miami e 1 vez  em NEW YORK, esse roteiro seu na COSTA OESTE tb faz parte dos nossos planos, obrigada por partilhar as suas aventuras conosco.

    CAMARARAGIBE- PE

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