Neste exato momento escrevo esta matéria com o dólar subindo sem parar e sinceramente eu tento organizar as minhas ideias para te dar algumas dicas sobre o que fazer para continuar viajando sem quebrar o banco.
Tá, eu também estou desesperado e sem saber o que fazer. Parece que nós meros mortais estamos com as mãos e pernas amarradas e não é possível fazer absolutamente nada para conseguir continuar viajando para fora do Brasil com essa loucura que está o mercado de câmbio internacional.
Tem vários amigos e leitores que não param de perguntar: como fazer para viajar com dólar alto? Será que tem alguma fórmula mágica para executar uma viagem internacional e não decretar falência logo depois do voo de volta?!
Como fazer para viajar com o dólar subindo sem parar?!
Nesta matéria eu reúno 10 sugestões sobre o que fazer para continuar viajando sem medo da alta dessas moedas mais fortes, contudo meus amigo(a)s, não tem muito segredo não viu, é fechar o olho e sentir a ferroada na carteira e no cartão de crédito, mas ser feliz fazendo o que a gente gosta: viajar pelo mundo pagando bem baratinho.
1 – Viajar para destinos mais baratos
Uma coisa é certa: se o dólar está subindo sem parar e o euro já passa da casa dos 5 reais, pode ser interessante planejar viagens para países onde o custo é mais barato. Algumas moedas estão se desvalorizando na mesma toada que o real, tal como o peso mexicano e chileno, então pode ser que destinos no Chile e no México sejam uma excelente alternativa para escapar dessa maluquice que está o câmbio.
Eu tenho inúmeras matérias já publicadas sobre viagens no México e também no Chile. Ontem mesmo eu vi uma passagem promocional para a Cidade do México e Cancún por menos de mil reais, o que é pra lá de uma grande barganha para essas épocas em que temos o dólar subindo sem parar.
Ainda existem outros destinos muito interessantes que podem valer a pena, tal como destinos na África, na Ásia e até mesmo no Oriente Médio, acontece que para esses lugares que são um pouquinho mais longe o custo da passagem aérea pode ser o principal fator desmotivante, tá caro pra danar né não?!
Recentemente eu fiz uma viagem pro Canadá e fui surpreendido com o tanto que as coisas por lá ainda estão acessíveis. O custo do dólar canadense ainda está abaixo dos 4 reais, sendo assim ainda é possível experimentar muito deste país sem voltar da viagem completamente falido. Ficar de olho e planejar ao máximo possível o destino que vai ser visitado pode ser bem interessante para quem ainda não tem uma passagem aérea emitida, agora se você já tem a sua, então vai lendo os próximos tópicos que eu vou te ensinar a fazer a viagem ficar o mais barato possível sem que você deixe de aproveitar o destino que vai conhecer.
2 – Economizar no básico
De tanto viajar aprendi que boa parte dos principais gastos ficam por conta de coisas básicas: é um cafezinho na esquina em um lugar caro, uma refeição fora do orçamento aqui e ali, um passeio num shopping super faturado, até mesmo o custo de uma garrafa de água pode fazer seu orçamento pular de maneira incontrolável.
Se a gente precisa beber ao menos uns 2 litros de água por dia (o que eu particularmente acho muito pouco), vão ser algo em torno de 4 garrafinhas de 500 ml por dia de viagem para cada pessoa. Em média uma garrafinha de água pode custar entre 1 e 2 dólares em alguns destinos mais caros (principalmente nos Estados Unidos). São cerca de 8 dólares por dia com água, cerca de 36 reais por dia com água.
Tá certo que a gente não vive sem água, mas já pensou que com uma atitude simples de levar um cantil você pode recarregar a sua água em lugares onde tem bebedouro? Em alguns hotéis as garrafinhas de água podem chegar a custar entre 3 e 5 dólares, então pode ser interessante dar um passo adiante e se planejar para evitar esses gastos adicionais.
3 – Evitar restaurantes caros
Outro dos maiores vilões nas viagens internacionais é o seu próprio estômago. Você passa na porta de um restaurante que está exalando odores convidativos e não pensa duas vezes quando está com fome: vai adiante, entra sem fazer reserva, pede alguns itens do cardápio sem pensar muito (pois está morrendo de fome) e acaba pagando uma gorjeta gorda no final.
Ou então se entrega aos prazeres dos restaurantes de comidas rápidas que te iludem com cartazes super trabalhados estampando aqueles sanduíches maravilhosos ou ainda acaba se entregando a uma refeição completa no café da manhã sem pensar muito bem no impacto financeiro que isso pode gerar na sua viagem.
Não dá pra ficar sem comer, não é mesmo?!
Eu também concordo com você, de fato aquele ditado popular do “saco vazio não para em pé” deve ser levado em consideração quando a gente está viajando.
Acontece que às vezes quando a gente está com fome demais, costumamos agir por impulso e não pensamos muito bem nos impactos financeiros. Já pensou que uma comprinha de supermercado pode fazer você se planejar um pouco mais na hora das principais refeições? Já considerou comer naquela barraquinha da esquina que tem um hot-dog baratinho na hora do almoço, para salvar um pouco do dinheiro da viagem, gastando um pouquinho a mais na hora do jantar?
Atitudes simples como essas podem fazer com que a gente tenha um pouco mais de controle na hora de realizar as refeições em uma viagem internacional. Eu não abro mão de comer em barraquinhas de rua ou fazer uma refeição pronta em um supermercado quando estou viajando, afinal de contas a gente acaba economizando e consegue comer bem mais rápido, maximizando assim o tempo nas atrações e passeios.
4 – Fazer passeios e adquirir experiências por conta própria
Ah, e por falar em passeios, tá aí outro tópico que pode ser um verdadeiro assaltante no seu orçamento de viagem. Comprar um tour ou um passeio de última hora às vezes pode agregar um custo adicional à sua viagem que não estava nos planos originais, então antes de chegar ao seu destino final pode ser interessante fazer uma tarefinha de casa…
Eu sempre faço as minhas pesquisas enquanto estou me preparando para viajar. Gosto de marcar os lugares que quero visitar no mapa do meu telefone, assim quando eu chegar no destino eu já consigo sair conhecendo as coisas por conta própria, sem a ajuda de um guia de turismo ou sem precisar contratar um passeio terceirizado pra isso.
Concordo que às vezes não é possível eliminar 100% dos gastos com passeios, até mesmo pois a gente viaja é pra isso mesmo né, pra passear com qualidade! Acontece que nesse mundo das viagens existem muitos atravessadores, que podem te revender um tour ganhando uma comissão, ou ainda te colocar para fazer um passeio por um preço mais alto do que o preço que poderia pagar antecipadamente na internet.
Por isso eu friso: é fundamental focar no planejamento antes da viagem acontecer. Dedique tempo para isso. Mas dedique mesmo! Escolha os lugares que podem ser visitados sem custo de admissão, você vai ver que alguns museus, parques e atrações podem até mesmo ser grátis em alguns dias da semana.
Na minha última viagem a Nova York eu conheci o Museu de História Natural em Manhattan pagando apenas 1 dólar, custo mínimo de colaboração para a entrada, valor este que descobri ser aceito apenas depois de ter dado uma estudada na internet!
5 – Encontrar a economia nas pequenas coisas
Quando viajamos sempre buscamos adquirir coisas, presentes, lembrancinhas, artesanatos e quinquilharias que no final acabam empoeiradas em uma estante no canto da sua sala de estar.
Não estou dizendo que você não deve comprar uma recordação da viagem, mas já pensou bem que uma foto bem feita em um lugar muito incrível pode valer mais do que aquela coisinha da China que você comprou de um vendedor ambulante no meio do nada?!
Eu sempre evito comprar tudo que vejo pela minha frente. Antes de comprar alguma coisa que eu quero muito, acabo na maioria das vezes pesquisando na internet ou então vou a algum supermercado para conseguir encontrar o preço mais acessível. Tequila no México? Eu sempre comprei no Walmart….
6 – Evitar hotéis e resorts: ficar em casas de famílias
Eu sei que é muito bom ficar em um resort com todo o luxo e conforto do mundo, mas pode ser impraticável em épocas de dólar acima dos 4,50. Além do mais, tudo costuma vir com uma taxa adicional em hotéis e resorts nos grandes centros urbanos de qualquer destino do mundo.
Seja o custo elevado para uma água, ou então o preço das taxas de “turismo”, tudo acaba sendo um pouco mais caro. Você não pode cozinhar. Não tem acesso a todos os recintos, às vezes precisa de pagar transporte público ou táxi/Uber para conseguir chegar nas principais atrações que deseja visitar…
Em alguns casos não tem escapatória, às vezes a gente acaba achando um hotelzinho que vale a pena. Eu odeio a informalidade que plataformas como o Airbnb trazem para as hospedagens durante uma viagem. A gente não consegue encontrar o anfitrião, o quarto não era como esperado, temos que dividir o banheiro ou o quarto, às vezes a sua viagem pode se transformar em um verdadeiro CAOS…
Mas não tem escapatória, quase sempre o custo para ficar hospedado em uma casa particular costuma ser bem mais acessível do que os valores cobrados por hotéis e resorts, então considere incluir em suas cotações a possibilidade de ficar hospedado em uma residência via plataformas como o Airbnb ou Couchsurfing.
Outra alternativa interessante são os albergues, ou hostels, que possuem quartos compartilhados a custos bem acessíveis e uma atmosfera mais amigável. Veja que em alguns albergues existem quartos compartilhados com apenas duas camas, perfeito para você que está viajando com o amor ou com um amigo.
7 – Compras?! Use e abuse de cupons e promoções
Você quer viajar e não vai abrir mão das compras. Tudo bem, eu super entendo, eu também sou assim 😀
Mas já pensou que pode reduzir um pouco o estrago no cartão de crédito com uma pesquisa rápida na internet?! Consulte antes o custo das coisas que você quer adquirir para saber se não está pagando mais caro do que o normal por algo que poderia adquirir em outros lugares. O impulso é o maior vilão do seu orçamento de viagem.
Em outlets eles sempre costumam ter um livrinho com cupons de desconto, pode valer a pena passar pela recepção antes de ir direto para as lojas e descobrir se eles podem dar os cupons como cortesia.
Em alguns casos o livro com cupons de desconto costuma ter um preço bem baratinho, então se você vai comprar muito pode ser interessante adquirir um livrinho de descontos desse.
Sempre faço uma pesquisa na internet antes de ir às compras. Também costumo entrar em lojas com um objetivo em mente, nunca vou passar numa loja para “ver” o que tem em promoção se estou focado em economizar na minha viagem.
8 – Ponderar as atitudes: será que eu preciso mesmo disso?!
Outra atitude defensiva que sempre costumo exercer é me questionar se preciso mesmo daquilo que estou prestes a adquirir.
É um tênis aqui, uma camiseta ali, um acessório ou preste acolá, tudo isso somado no fim da viagem pode fazer seu orçamento estourar facilmente. Não se esqueça que antes de mais nada você precisa priorizar os custos das atrações, hospedagens, alimentação e deslocamentos, para depois começar a pensar em fazer as comprinhas da viagem.
Considere sempre fazer essa pergunta você também! Será que eu preciso disso mesmo?! Será que isso não vai sair do meu orçamento? Não posso deixar para comprar isso ou aquilo no Brasil depois que chegar?!
Lembre-se que a viagem propriamente dita já tem um custo muito elevado e pode ser interessante para o seu bolso deixar os supérfluos para serem adquiridos depois que voltar para a sua residência, afinal de contas você não sai comprando tudo que vê pela frente enquanto está aqui no Brasil (ou saí?!)
9 – Contratar seguro, hospedagem e passeio aqui no Brasil e pagar em real
Existem inúmeras formas de se contratar serviços para a sua viagem diretamente no Brasil, antes mesmo de partir rumo ao destino final da sua viagem.
Contratando os serviços principais via cartão de crédito ainda no Brasil você consegue garantir um preço mais acessível do que o “custo balcão” e ainda foge do famigerado IOF.
Sempre dê preferência a serviços que deixam você reservar sem custos adicionais. Perceba que às vezes pode ser interessante até mesmo pagar uma comissão diferenciada no ato da contratação para uma agente de viagens no Brasil do que diretamente no destino em questão.
Em alguns casos ainda pode ser mais econômico para o seu bolso se fizer a contratação diretamente no site do hotel, da seguradora ou até mesmo comprando os tours pelos blocos de anúncios que nós temos aqui no blog, você vai ver que o custo X benefício vai ser bem mais interessante do que se fosse direto ao ponto por outro consolidador.
10 – Evitar o máximo de taxas adicionais
Taxa é taxa! A gente odeia pagar taxa extra para qualquer tipo de serviço, seja na hospedagem, no deslocamento ou na hospedagem.
Acreditamos que viagem boa é aquela que podemos desfrutar ao máximo pagando o mínimo possível, afinal de contas na maioria das vezes a experiência adquirida vai ser exatamente a mesma.
Tente seguir as dicas dessa matéria para evitar meter os pés pelas mãos nas épocas de dólar subindo sem parar, veja que na nós deixamos uma dezena de dicas para você evitar os custos exacerbados e minimizar a maioria das taxas que são impostas no ato das contratações, dê valor ao dinheiro e evite qualquer gasto adicional, sua experiência vai ser bem mais proveitosa caso siga as nossas dicas.
Concluindo: será que ainda é possível viajar com o dólar subindo sem parar!?
Eu tô tão apreensivo quanto você amiguinho(a).
É sério! Tudo que eu mais queria era o dólar de volta à casa dos 2 reais, mas isso parece ser cada vez mais difícil de acontecer. Então adotando essas medidas que eu relacionei por aqui você pode ter a chance de reduzir os custos e evitar maiores gastos na sua viagem, maximizando a experiência e fazendo com que a sua viagem seja o mais memorável possível.
Você tem alguma outra artimanha de sucesso para economizar em viagens nessas épocas de dólar tão alto!? Já viajou e ficou assustado quando chegou a fatura do cartão? Conta pra mim quais são as suas impressões na caixinha de comentários que vem logo a seguir vai!
Abração e até a próxima!
Post atualizado em %s = human-readable time difference