Antes de viajar para os Estados Unidos em fevereiro desse ano, e por lá ficar mais de um mês, decidi que era necessário fazer um levantamento básico de informações, lugares, destinos e destaques que eu não poderia deixar de visitar de forma alguma pelos lugares que passasse. Muitos dias consecutivos na estrada fazem com que a sua performance viajante caia, desde que é muito complicado manter em mente tudo aquilo que é necessário visitar enquanto conhece tantos lugares impressionantes em um espaço de tempo pré-determinado.

O lance é que um cenário é viajar e gastar 6 meses para conhecer uma região de um pais-continente, assim como considero os Estados Unidos, já outro cenário totalmente distinto é tentar visitar o máximo de lugares com o mínimo de tempo possível. Foi mais ou menos assim que transcorreram meus 15 dias nas ilhas do Havaí – queria conhecer o máximo sempre com o mínimo de tempo possível.

Oahu e a bela praia de Waikiki
Oahu e a bela praia de Waikiki

Logo ao desembarcar em Oahu, eu já tinha planejado os meus voos para outras dois destinos havaianos: Maui e Big Island. Oahu é o grande destaque dessa ilha para quem resolve visitar o Havaí pela primeira vez, mas espera aí! Eu não queria ficar 15 dias apenas focado na principal das ilhas, então cheguei á conclusão que deveria realmente comprar um alguns voos para conhecer as outras duas ilhas mais famosinhas! Eu sinceramente tomei a decisão mais coerente ao me permitir conhecer esses outros destinos! Não poderia ter feito nada melhor nessa #AlohaTour, desde que além de conhecer dois novos paraísos, isso também me proporcionou momentos sensacionais para fotografar a geografia das ilhas lá de cima! Conheci os vulcões de Maui e Big Island bem de perto, passando ao lado deles com o avião Cessna da Mokulele! Além de ser um deslocamento da viagem, essa foi uma das experiências mais impressionantes! Foi simplesmente fenomenal chegar nas ilhas com as vistas explêndidas que esses voos me proporcionaram. Então regra de ouro pra quem vai pro Havaí? Compre uma passagem que te permita ficar por mais que uma semana para que você possa ter a oportunidade de conhecer outras ilhas. Agora falando sobre essas outras ilhas, vai lendo…

Paisagens no caminho entre Oahu e Maui
Paisagens no caminho entre Oahu e Maui

Quem não conhece a forma geografica tão tradicional das ilhas do Havaí? Elas estão estampadas nas principais camisetas do surf wear, em desenhos, banners, cartazes que remetem ao paraíso havaíano, é praticamente a mais forte marca desse, que é o 50º estado americano, distante 6 a 7 horas de voo da Main Land. Interessante perceber que a forma geográfica que definiu padrões de moda nada mais é do que o resultado de um Planeta Terra completamente ativo, com suas placas tectônicas “dançando” com o decorrer de milhares e milhares de anos, literalmente modificando a localização dessas gigantescas bolas de lava que permanecem firmes no meio do Oceano Pacífico.

As ilhas são nada mais do que o resultado da ação dos anos, associada ao hot spot vulcânico ativo até os dias atuais (um dos mais ativos do planeta a propósito), que está constantemente expandindo e formando novos territórios havaianos em pleno oceano. A Big Island, como o próprio nome diz, é a maior das ilhas, e a mais jovem também! A atividade vulcânica é distribuida conforme a idade de cada uma das ilhas: como o arquipélago cresceu de sudeste para noroeste, então compreenda que a faixa etária está distribuida da mesma forma, da mais jovem para a mais velha temos: Big Island, Maui, Oahu e Kauai. Enquanto as paisagens na Big Island são basicamente de responsabilidade vulcânica, em Kauai os turistas podem contemplar as belezas da ilha com a mata mais densa de todas elas, justamente devido á lógica abordada pela própria mãe natureza – quanto mais jovem, mais vulcânica, quanto mais velha é a ilha menos vulcanismo e muito mais vegetação nativa será encontrada!

Caminhando na altura das nuvens
Caminhando na altura das nuvens em parada para aclimatação no vulcão Kilauea

Mas acredite que uma viagem até qualquer uma dessas ilhas proporcionará mais do que o esperado por você viajante! Essas preciosidades havaianas possuem vários países delimitados pelo oceano por todos os lados. Tanto Oahu, quanto Maui e Big Island possuem regiões com clima, relevo e vegetação muito bem determinados e possuem uma capacidade tremenda de teletransportar a mente de seus turistas para regiões distintas do globo terrestre. Um exemplo clássico desse sentimento pode ser experimentado se você decidir conhecer Maui e alugar um carro para percorrer algumas milhas durante um dia inteiro pela ilha – paisagens fantásticas, ao estilo europeu, asiático e até australiano foram me surpreendendo a cada milha que era superada. Como poderia eu reconhecer que uma paisagem leva o estilo desses países sem nunca ter pisado na oceania ou no continente europeu? São paisagens parecidas com as que vemos na internet, lemos nos livros de viagens de volta ao mundo e que por alguns poucos momentos têm a capacidade de literalmente te colocar em outro país.

Comprovei bem essa impressão de teletransporte que as ilhas do Havaí possuem quando decidi sair do centro de Kahului (a maior cidade desta ilha) e me meti pelos caminhos que levam até Hana (uma cidade ao sul da ilha de Maui), a famosíssima e cênica Road to Hana, no dia seguinte fiz o percurso de volta, umas 4 horas dirigindo pelas curvas mais malucas que já dirigi em toda vida e decidi que antes mesmo de almoçar subiria o vulcão Haleakala! Eu sai de uma região com vegetação densa, chuvosa, cachoeiras por todos os lados que eu olhava, com belas piscinas naturais e adentrei uma região vulcânica, com forte influência da altitude, com clima, relevo e vegetação que mais pareciam ser de outro país! Foi como sair das densas regiões de florestas da América Central e adentrar os relevos de altitude europeus. EXPERIÊNCIA ÚNICA NA VIDA!

Uma das cachoeiras na beira da estrada para Hana
Uma das cachoeiras na beira da estrada para Hana

Outro momento que me senti teletransportado foi enquanto viajava pelas estradas perfeitíssimas que conectam as duas pontas da Big Island, de Hilo a Kona. Saí de uma região tão chuvosa, que parecia um Estados Unidos triste, com ar menos turístico e com poucos atrativos para quem tanto gosta de esportes aquáticos, trilhei os caminhos áridos da região mais desértica do centro de Big Island e desemboquei algumas horas depois na terra do sol que parece nunca ter fim – Kona! Foi como passar por 3 países em poucas horas de direção. Eu não conseguia me manter no máximo por 15 minutos na pista dirigindo sem fazer uma parada para fotografar a paisagem. Já pensou no que vem por aí sobre essas ilhas? Não deixe de acompanhar as nossas atualizações!

Alguns minutos antes de desembarcar no aeroporto de Kona
Alguns minutos antes de desembarcar no aeroporto de Kona

Autor
Luiz Jr. Fernandes
Luiz Jr. Fernandes
Sou um analista de sistemas, fotógrafo, autor deste blog e viajante profissional. Já conheci mais de 70 países em todos os continentes do mundo. As minhas matérias são 100% exclusivas, inspiradas em experiências reais adquiridas nos destinos que visito. Obrigado por ler e acompanhar o meu trabalho.

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