ALOHA! Nesta matéria eu te conto como foi a minha experiência em um mergulho em Maui, no Havaí. Saí do Brasil com destino ao Havaí com uma bela imagem na minha mente – a vista aérea do Molokini Crater, uma cratera vulcânica parcialmente submergida, que forma uma pequena ilha em forma de meia-lua próxima da Ilha de Maui. Depois de conhecer a Rodovia para Hana e explorar suas cachoeiras e belezas naturais, ainda realizei algumas outras experiências, mas nada foi comparável ao que eu pude experimentar mergulhando com cilindro nos mais de 40 metros de profundidade, no fundo do oceano, alcançando os pés dessa cratera.
Mergulho em Maui
Esse foi meu primeiro scuba-dive realizado depois de conseguir a certificação PADI com o pessoal da Ocean Legends em Oahu e meu nervosismo estava aparente assim que chegamos de madrugada no ponto combinado com a galera do Mike Severns Diving. Quando visitei Maui entrei em contato com várias empresas que prestavam o serviço de mergulho com cilindro no Molokini, existem várias que se reunem de madrugadinha (por volta de 6 da manhã) para realizar o primeiro mergulho por volta das 8 horas. Quando falei sobre o blog e que seria meu primeiro mergulho depois de certificado, o staff do Mike fez questão de me oferecer um desconto consideravel no mergulho (50%), em menção ao meu trabalho de blogueiro – eles ficaram muito satisfeitos quando mencionei que gostaria de recomendá-los no meu blog de turismo com audiência predominantemente brasileira.
Partindo para o Mergulho no Molokini, em Maui
A viagem até as proximidades do Molokini é mágica! Deixamos a Kihei Boat Ramp na hora exata, com a embarcação lotada de mergulhadores, capitão, dois dive masters e um ajudante. Não levei nada além da minha máscara com lentes especiais para a miopia! Estava com aquele frio na barriga constante e bastante ansioso para pular logo na água e conferir a visibilidade! O Molokini é o único santuário marítimo das ilhas do Havaí, um ícone de preservação ambiental – ele é um pequeno cone vulcânico com esse formato de meia-lua, inabitado, distante cerca de 5 kilômetros do Makena State Park, leste da Ilha de Maui. Outro detalhe interessantíssimo nesse mergulho foi a impressionante sinfonia que as baleias Jubarte proporcionavam aos nossos ouvidos durante todos os minutos desses mergulhos – foi sensacional escutar as gigantes em sua sinfonia profunda e emocionante!
Primeiras impressões do mergulho com cilindro no Molokini Crater
Cientistas afirmam que o Molokini possui um período de formação geológica que dista 150 milhões de anos atrás – a partir daí é fácil compreender os motivos do meu interesse em realizar esse mergulho logo depois de ter a minha certificação garantida – documento este que é básico e fundamental para embarcar com o pessoal do Mike Severns. Por ser um mergulho independente e de profundidade moderada, eles requerem que todos os mergulhadores na embarcação possuam cópias comprovadas de suas certificações seja PADI ou SSI.
O mergulho parte tão cedo pois a galera do Mike já é experimentada na região e conhece as fortes correntes de vento que existem sempre por volta do meio dia, então nessa altura do campeonato, ou os mergulhadores estarão embaixo d’água ou já no caminho de volta para casa. Antes de pular na água o pessoal que vai mergulhar é muitíssimo bem instruído pela equipe do Mike Severns – eles mostram uma série de fotos e explicam sobre a vida marinha e os possíveis animais que poderíamos encontrar em nossos dois mergulhos. Todo mundo verifica se o seu material está 100%, conferimos os BCDs, reguladores, fluxo de ar, câmeras, vestimos a wet-suit, calçamos as nadadeiras e de dois em dois íamos pulando do barco, agarrando-nos a uma corda guia, fixada no fundo do oceano e começamos vagarosamente nossa descida até os quarenta e poucos metros.
No fundo do oceano, aos pés do Molokini Crater
Outro ponto importante, fundamental para a escolha desta empresa para realizar o mergulho – as centenas de referências e relatos de pessoas que já realizaram este mergulho – todas completamente positivas e motivadoras – eu sabia que estava lidando com as melhores pessoas possíveis para realizar mais essa experiência underwater!
Eu esperava um mar frio cortante, mas a água tinha uma temperatura bem agradável (até mesmo onde alcaçava a profundidade máxima) – estava muito excitado e queria ver o máximo de vida possível! Tinha o sonho de encontrar com um polvo ou ainda o belo peixe-sapo, mas só consegui um rápido contato com o primeiro da lista de desejos submarinos, experiência fantástica e que durou apenas uma fração de minuto.
Vida animal – destaques do primeiro mergulho no Molokini Crater
Ambos os dive-masters que desceram para acompanhar o grupo composto por 8 mergulhadores foram excepcionalmente agradaveis, pacientes e excelentes nas orientações – a todo momento que encontravam animais exôticos e típicos do Havaí, faziam questão de parar para escrever o nome do bicho em uma lousa a prova d’água. A organização para o fluxo de descobrimento do mergulho foi super tranquila – o grupo foi divido ao meio e assim foi fácil descobrir a face submersa dessa cratera sem muita dificuldade. Fiquei no grupo da mestre em mergulhos Pauline Fiene, bióloga com vasta experiência em mergulhos na região.
Confesso que no primeiro momento, quando avistei tão longe o fundo do oceano, que pensei que seria uma tremenda loucura descer até mais de 40 metros e voltar subindo devagarzinho, mas não existiu sensação mais confortável do que chegar no fundo do oceano, regular meu BCD para me proporcionar o ponto de flutuação ideal e me sentir como um astronauta livre do poder que a gravidade excerce nos corpos.
Depois de fotografar bastante, hora de voltar até a superfície
O primeiro mergulho teve uma média de 30 minutos de fundo. Foi necessário fazer uma parada de alguns minutos quando faltavam 10 metros para a superfície afim de deixar o nitrogênio escapulir de nossos organismos. Uma vez na embarcação, a emoção e alegria estava estampada na cara de todo mundo! Alguns lanchinhos, bebidinhas e já estávamos voltando para a costa para realizar mais um mergulho, dessa vez numa profundidade menor e em um lugar repleto de tartarugas!
Pausa para se livrar do nitrogênio e segundo mergulho
Nosso segundo mergulho foi mais demorado, com uma visibilidade um pouco menor do que o primeiro e que a minha alegria e liberdade se consolidou. Nunca me senti tão a vontade em baixo d’água! Sinceramente foi uma das melhores experiências que já realizei em toda vida – mais uma vez a água estava com uma temperatura sensacional, e ao avistar tartarugas boiando na superfície do mar, eu esperava ver um oceano repleto de vida!
Bela tartaruga marinha em Maui, Havaí
De cara ao chegar no fundo dos 18 metros, uma gigantesca tartaruga marinha pareceu posar para minhas fotos – eu fiquei por mais de 5 minutos tentando fazer as melhores imagens possíveis dessa gigante, que parecia me encarar enquanto flutuava a seu lado!
Muito confortável em mergulho com cilindro na Ilha de Maui
Aproveitei esse segundo mergulho para praticar algumas habilidades que havia aprendido no ato da minha certificação, tal como o buda-diver, uma brincadeira que os mergulhadores fazem no fundo do oceano, cruzando as pernas fazendo alusão à imagem de buda, dando a impressão de flutuar – na realidade este momento relata o ponto máximo de conforto e intimidade com o equipamento e leis da física – com o colete meio cheio de ar é fácil encontrar o ponto de equilíbrio exato que não te deixa afundar e também não te faz subir até a superfície, fazendo parecer que estou literalmente flutuando, assim como a foto a seguir pode comprovar…
Praticando o buda-diver – habilidade de mergulhadores
Depois dessa experiência, fiz ainda algumas piruetas que de tão divertidas fizeram eu gargalhar bolhas em baixo dágua! Ao inflar o colete e encontrar o ponto de equilíbrio é como se a gravidade fosse zero – bastou esticar os dois braços e começar a rodá-los na mesma direção (sentindo horário) – recolhi minhas pernas o máximo que pude e por alguns minutos continuei a girar meus braços com a máxima velocidade possível – parecia uma bola desenfreada a girar no fundo do mar! Foi INCRÍVEL! Não consigo encontrar as palavras certas que descrevam a intensidade das sensações proporcionadas pelo mergulho com cilindro em águas tão cristalinas e com um pessoal tão amigável!
Final do mergulho em Maui com pássaros vindo comer nas mãos
No fim do mergulho, antes de desembarcar, levantei um salgadinho pro ar e mais do que instantâneamente vários pássaros vieram ávidos em busca do tira-gosto! Peguei mais um, segurei firme e pedi a meu amigo que tirasse uma foto – ele registrou o momento em que o pássaro comia em minhas mãos – mais aloha do que isso é impossível! MAHALO e até o próximo mergulho!
Serviço
Mike Severns Diving
info@mikesevernsdiving.com | www.mikesevernsdiving.com
Mike Severns Diving – P.O. Box 627 – Kihei, Maui, Hawaii – 96753
A seguir alguns dos vídeos e a galeria com as fotos em melhor resolução!
Post atualizado em %s = human-readable time difference