Desembarquei na Indonésia em uma manhã bastante chuvosa. O voo da AirAsia havia saído ainda de madrugada de Phuket e logo ao entrar no espaço aéreo da Ilha de Bali, já fiquei alerta para as condições meteorológicas – céu encoberto com pancadas frequentes de chuva.

Eu havia deixado o arquipélago de Koh Phi Phi depois de praticamente uma semana de muito sol e céu azul e definitivamente não estava preparando para encarar o clima chuvoso que me aguardou durante toda a semana que passei na Indonésia, mas não foi esse motivo que me impediu de perambular pelas feiras livres, visitar os templos, mergulhar nos melhores points e conhecer de fato um pouco da cultura Bali-Hindu desta nação – uma religião completamente única, desde que nesta ilha além de cultuar os animais, a versão balinense do Hinduísmo também faz culto a alguns espíritos da natureza, tais como as montanhas ou grandes árvores.

O que fazer em Bali

Falando em Hinduísmo, esta foi a minha primeira experiência em um país em que religião e cultura adoram milhares de deuses e idolatram particularmente a vaca como figura divina. Outra grande primeira impressão foi deparar com a quantidade tremenda de estátuas, templos e oferendas por praticamente todas as ruas e avenidas de Bali – isso era realmente algo que não estava acostumado a ver pelos países que havia visitado até então. E logo ao desembarcar nesta nação, eis que venho o primeiro ensinamento:

Como tirar o visto para a Indonésia

Descobri que precisava de visto para ficar no país apenas quando definitivamente desembarquei no pequeno aeroporto de Denpasar, a principal cidade da Ilha de Bali. Eu e essa minha mania de ser surpreendido pelos destinos e suas novidades quase me lasquei quando em um primeiro momento percebi que deveria ter um visto pregado no meu passaporte para entrar na Indonésia!

Deveria ter pesquisado algumas informações antes de viajar – já pensou se eles não emitissem visto na chegada ao país pelos aeroportos?

Eu teria que comprar um voo de última hora e adiar por hora o meu desejo de conhecer Bali – ainda bem que eu estava enganado quanto a essa burocracia e logo peguei um folheto que explicava com detalhes os requisitos para a solicitação do visto. Nesse momento de alívio prometi a mim mesmo que não deixaria isso acontecer na próxima nação que fosse visitar – era simplesmente o Vietnã, com seu processo complicadinho de pré-emissão de visto antes do desembarque nos aeroportos!

Visto para a Indonésia conseguido na chegada á Ilha de Bali
Visto para a Indonésia conseguido na chegada á Ilha de Bali

O folheto foi bem claro – deveria preencher um mini formulário com algumas informações básicas a respeito da minha viagem e entrar numa fila. O custo (em 2012) era de U$ 25,00 e não tinha escapatória – ou comprava o visto ou não entrava no pais. Pois bem, minutos depois eu estava com um visto da Indonésia pregado no passaporte e com 25 dólares a menos no meu orçamento – era hora de conhecer a dinâmica das ruas de Denpasar.

Ainda no aeroporto de Bali: estátuas adornadas - hinduismo
Ainda no aeroporto de Bali: estátuas adornadas – Hinduismo

A chuva realmente não deu trégua, muito pelo contrário – começou a chover muito forte depois que cheguei até a parte de fora do aeroporto. Antes mesmo de seguir viagem as primeiras impressões saltavam aos olhos – por todos os lados estavam aquelas estátuas imponentes, devidamente adornadas com um sari ao redor de sua cintura. Confesso que era tudo muito novo, realmente muito recente e eu estava angustiado para sair logo daquele aeroporto e mergulhar na cultura desse povo.

Alugamos um carro no aeroporto (tema pra outra matéria) e partimos em direção aos pontos altos – mesmo com muita chuva, dirigindo na mão inglesa, em um mini carro com superlotação, decidimos trilhar para as regiões menos exploradas turisticamente para depois no fim da semana de viagem neste pais, focar nas cidades mais badaladas – foi quando o nome UBUD surgiu no meio do mapa e decidimos que essa seria uma boa alternativa para o início das explorações.

E ainda mal tínhamos saído de Denpasar quando a fome apertou e decidimos parar em uma feira bem movimentada que havíamos encontrado no meio do caminho…

Feira livre na Ilha de Bali
Feira livre na Ilha de Bali

Mesmo chovendo bastante, o clima parecia abafado e fazia muito calor! As cores das barracas gritavam a quilômetros de distância – era a oportunidade perfeita para a primeira imersão balinense! Tentando esconder da chuva, corríamos de barraca em barraca aproveitando o máximo para compreender um pouco mais do que viria pela frente nos próximos dias. Na feira encontrei muitas frutas tropicais, até jaca, uma fruta tão comum no centro-oeste brasileiro eu encontrei aos montes para venda por lá, mas o que intrigou de verdade foram a quantidade gigante de vendedores de flores, que são amplamente utilizadas na confecção das oferendas plantadas diariamente aos pés das várias estátuas de deuses hindus.

Templos, esculturas e muito a aprender sobre a Indonésia, sua cultura e religião
Templos, esculturas e muito a aprender sobre a Indonésia, sua cultura e religião

Logo depois de deixarmos a feira, continuamos na estrada a caminho de Ubud. Mesmo com o clima fechado, foi difícil vencer os quilômetros sem paradas frequentes para fotografar as estátuas e templos que encontrávamos em nosso caminho, era uma beleza bem diferente daquilo que já havia conhecido em outros países.

Vários foram os detalhes anexados nas minhas primeiras impressões sobre a Indonésia com foco na Ilha de Bali. Pelo caminho encontrávamos diversas crianças saindo de suas escolas, vários enfeites tipicamente balinenses no acostamento das estradas, vários campos de arroz belíssimos e sempre nos deparávamos com a indicação para experimentar a cerveja Bintang, tradicional deste país.

Garotas saindo do colégio, cerveja Bintang, enfeites na beira das estradas e muitos campos de arroz
Garotas saindo do colégio, cerveja Bintang, enfeites na beira das estradas e muitos campos de arroz

Estava pronto para viver intensamente os próximos dias – torcia apenas para que o tempo abrisse, colorindo o fundo das minhas fotos com um azul celeste para contrastar com a beleza da cultura local. Quanto mais nos aproximávamos de Ubud, mais estátuas, templos e campos de arroz apareciam nos intimando a fazer uma parada para fotografar e descobrir mais detalhes sobre a religião balinense.

Estátuas Hindus, oferendas lançadas na rua e campos de arroz
Estátuas Hindus, oferendas lançadas na rua e campos de arroz

Nas próximas matérias sobre a Ilha de Bali, vamos abordar assuntos bem interessantes – algumas dicas para alugar seu veículo em Bali, o que fazer em Ubud e alguns dos melhores pontos de mergulho deste destino paradisíaco e caótico do Sudeste Asiático.

Autor
Luiz Jr. Fernandes
Luiz Jr. Fernandes
Sou um analista de sistemas, fotógrafo, autor deste blog e viajante profissional. Já conheci mais de 70 países em todos os continentes do mundo. As minhas matérias são 100% exclusivas, inspiradas em experiências reais adquiridas nos destinos que visito. Obrigado por ler e acompanhar o meu trabalho.
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