Dias verdadeiramente intensos foram os que vivi entre os dias 30 de dezembro de 2012 e o dia 4 de janeiro de 2013 – fui conhecer Fernando de Noronha em sua mais alta (e cara) estação – o reveillon. Virei o ano desta vez no cais do porto, ao som de Banda Calypso e não me planejei muito bem para a balada de fim de ano do Zé Maria, talvés o nome mais popular desta ilha a deriva em pleno Atlântico. Estas são as minhas primeiras impressões deste paraíso brasileiro, que deveria estar na bucket list de todo viajante que assim como eu, pretende conhecer os lugares mais fascinantes da terra.

Eu não tinha grana, parcerias, amizades e tão pouco estava procurando luxo ou ostentação – buscava a minha paz interior. Queria conhecer um pouco mais dos lugares mais incríveis da nação canarinha, mas acima de tudo, buscava meios de reorganizar a minha vida pessoal, sentimental, profissional e emocional. Eu não queria um quarto só para mim, tampouco precisava de banho de água quente. No princípio do ano passado, ainda em fevereiro, possuía 20.000 milhas do programa Smiles da Gol. Apareceu a oportunidade de emitir essa viagem para Fernando de Noronha e o melhor foi justamente casar a chance com a época do reveillon, que assumidamente prefiro estar viajando. A partir daí surgiu a dúvida: como conseguir ficar em um lugar econômico na alta temporada de um dos destinos mais caros do meu (já caríssimo) Brasil?! Eis que surgiu a opção de planejar uma viagem EXTRA-econômica e mostrar que SIM, Noronha existe para todos os bolsos, e até mesmo os mais muquiranas possíveis. Mas sinceramente? Dinheiro não é capaz de pagar as fantásticas primeiras impressões, segundas, terceiras, infinitas sensações absorvidas nos 5 dias a deriva neste arquipelágo pernambucano. A começar pela pracinha do centro da Vila dos Remédios, que era praticamente quintal da minha casa! Que lugarzinho mais aconchegante viu!

Noronha e minhas primeiras impressões
Noronha e minhas primeiras impressões

Este seria o Centro Histórico de Fernando de Noronha – na Vila dos Remédios concentram-se os principais edifícios da ilha, o Pátio do imponente Palácio, sede administrativa de Noronha, a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, e uma incrível vista para as praias mais próximas do centrinho – a Praia do Meio e do Cachorro foram as mais visitadas pelo blogueiro aqui, inclusive a bela e refrescante bica que fica na Praia do Cachorro, lugar onde tomei boa parte dos meus banhos de água doce diários.

E água doce tão valiosa, a ponto de ser considerada artigo de luxo nas pousadas de Fernando de Noronha – como fazer uma ilha sem rios produzir água potável própria para o consumo humano? Esse é um desafio experimentado a fortes penas na vida dos locais. Eu experimentei um pouco dessa dificuldade e fui solidário à economia de água! Banho dentro de casa era racionado, estragou uma peça na distribuição de água regional e as caixas d’água só iam se esvaziando – racionamento é lei constante em Noronha para quem vive por lá.

Estes são alguns dos detalhes que você só conhecerá se optar por ficar em uma hospedagem familiar – é claro que existe água doce em abundância para quem pode pagar por uma diária de R$ 500,00! Mas para mim, a única abundância que eu tinha prazer e satisfação em desfrutar era da VIDA! E fosse ela fauna ou flora! Em Noronha qualquer lugar é uma explosão de vidas em abundância!

Intensidade de belezas, tanto na fauna quanto na flora
Intensidade de belezas naturais, tanto na fauna quanto na flora

E aqui quero deixar registrado, em minhas primeiras impressões sobre Noronha, a satisfação que este viajante teve em ser recebido na casinha de Dona Maria de Gouvêia – que povo carinhoso, amável, respeitável! Sinceramente poderia escrever parágrafos e mais parágrafos de elogios a esse povo, que abriu mão de sua sala de estar para abrigar esse viajante que realmente não tinha condições de pagar por um quarto descente nessa época do ano. Eu não precisava de muito mesmo! As duas redes da foto a seguir foram companheiras inseparáveis e super disputadas inclusive pela família de Dona Maria! Era o lugar mais agradável da residência – a brisa constante e o calor intenso combinavam perfeitamente com a tranquilidade proporcionada pelas redes.

A hospedaria de dona Maria de Gouvêia, na Vila dos Remédios em Noronha
A hospedaria de dona Maria de Gouvêia, na Vila dos Remédios em Noronha

Acreditem! Eu tenho muito a falar sobre como pagar barato em uma viagem a Fernando de Noronha e com prazer compartilharei todas as dicas em um mega post que vamos publicar em um futuro breve!

E quanto ao paraíso?! Vai muito bem! Cada vez mais acessível, com os trabalhos realizados pela Econoronha, e cada vez mais preservado! É muita satisfação sair do pequeno aeroporto e topar com um outdoor com uma bela foto de uma tartaruga ao lado dos dizeres: “elas crescem a cada visita”! Sancho, Pico dois irmãos, Cacimba do Padre, Abreus, Ponta das Caracas, Praia do Meio, do Cachorro e tantos outros lugares fantásticos figurarão com todo seu explendor aqui nas páginas deste diário de bordo!!

Fernando de Noronha - Verdadeiro paraíso nacional
Fernando de Noronha – Verdadeiro paraíso nacional

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Autor
Luiz Jr. Fernandes
Luiz Jr. Fernandes
Sou um analista de sistemas, fotógrafo, autor deste blog e viajante profissional. Já conheci mais de 70 países em todos os continentes do mundo. As minhas matérias são 100% exclusivas, inspiradas em experiências reais adquiridas nos destinos que visito. Obrigado por ler e acompanhar o meu trabalho.
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6 comentários publicados
  1. Parabéns Luiz!Só por essa introdução já vi que vem muita coisa boa por ai sobre Fernando de  Noronha.Já estou com minhas milhas guardadas para esse destino.Um abraço.

  2. É incrivel como é possivel ter uma experiencia muito agradável em qualquer lugar, com desprendimento material é melhor ainda.

    Fernando de Noronha é um destino que deveria ser incluido na vida de qualquer brasileiro.

     

    []’s

  3. Que legal a viagem, Luiz. Nós estivemos em 2011, ainda não tinha as estruturas de apoio do Econoronha. Ficou bom o negócio? Abs. 

  4. Bom dia Luiz!!! Parabéns pelo site, muito bacana..Vi que vc se hospedou na casa de Dona Maria de Gouveia e gostaria de saber se vc chegou a ver os quartos que ela aluga, pois estou com viagem marcada pro próximo mês e fiz uma reserva com ela , mais antes queria a opinião de alguém que já ficou lá, pensei tb em ficar na Carmô, mais fica mais caro e como vou eu e meu esposo a diferença da pra pagar as taxas da ilha dos dois.O que vc, como conhecedor dos dois locais, me indica??? Desde já lhe agradeço. Jackeline

    1. Olá Jack, obrigado por sua visita e comentário. Eu vou te ser sincero, o grande diferencial da Dona Maria, além do custo (que é um dos mais econômicos da ilha) é a localização. Ela está em um dos pontos centrais da ilha, isso faz toda a diferença na hora de fazer a correria entre as praias, restaurantes e passeios. Ela está bem em frente a uma das únicas lanchonetes que ficam abertas até mais tarde (e também a mais barata também – Mãezinha), além de toda amabilidade do povo da casa. Os quartos são simples, porém todos possuem banheiro integrado com água quente, cama de casal e televisão. Eu fiquei lá no fim do ano passado junto com uma turma de outras 6 pessoas, foi muito legal! Bom espero que vc goste, mande um abraço meu pra todo mundo lá tá bom?!

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