Depois de muito desfrutar da minha proveitosa estadia no Panamá, de ter conhecido muito bem a capital, bem como as praias do sul caribenho no arquipélago de San Blás e também as do norte, no arquipélago de Bocas del Toro, eu rompi de coletivo (vulgo buseta) rumo á fronteira com a Costa Rica, meu objetivo tinha nome – Puerto Viejo.

Logo depois de voltar de Bocas del Toro, via Almirante, rompi num mix de ônibus, coletivos e a pé rumo a uma das fronteiras mais bizarras que já cruzei em toda a minha vida. O nome que ficou pregado no meu passaporte é Guabito, cidade de fronteira no extremo norte do Panamá, ali, caminhando em cima de uma ponte misturado a vários estrangeiros de todas as nacionalidades possíveis, eu cruzei a fronteira entre esses dois países e dei novos rumos ao meu mochilão na América Central.

Turistas cruzando a fronteira a pé do Panamá para a Costa Rica
Turistas cruzando a fronteira a pé do Panamá para a Costa Rica

E essa foi uma das fronteiras mais complicadas que eu encontrei em toda a América Central. De todos os países que visitei nesse continente, nenhum me solicitou um ticket de saída obrigatório e muito menos a vacina da febre amarela. Aqui, sem esses documentos não era possível continuar a viagem e você teria que voltar ao Panamá. Vi várias pessoas sem o ticket de saída, mochileiros sem destino, pessoas que estão adentrando turisticamente na Costa Rica e muitos imigrantes ilegais, tudo junto e misturado no meio da fronteira, literalmente uma terra de ninguém.

Existem os ônibus internacionais diretos, que fazem os trâmites de fronteira em conjunto, mas todos são obrigados a descer do ônibus, passar pela imigração, justificar a viagem, mostrar documentos e tudo mais. No meu caso exclusivamente, como estava viajando ao modo mais econômico possível, eu e meu grupo chegamos á conclusão que o melhor seria cruzar a fronteira caminhando, e do lado da Costa Rica correr uma VAN até Puerto Viejo.

Fronteira entre Panamá e Costa Rica
Fronteira entre Panamá e Costa Rica

Mas em tudo existe um aprendizado. Se não tivesse cruzado essa fronteira caminhando, provalvelmente não teria uma recordação como a foto abaixo para guardar para a posteridade. O dia em que visitei a Costa Rica e cheguei lá caminhando…

Cruzando a fronteira rumo a Costa Rica
Cruzando a fronteira rumo a Costa Rica

Eu definitivamente tenho algumas recomendações a fazer para aquelas pessoas que assim como eu têm a coragem de cruzar uma fronteira perigosa como essa caminhando, isso não é brincadeira e exige determinados cuidados! Por exemplo: não esqueça em hipótese alguma de todos os documentos que comprovam suas origens turísticas e dentre esses documentos eu estou falando da sua carteira de vacinação internacional com sua vacina contra febre amarela devidamente em dias, uma passagem de saída da Costa Rica, ou ainda a sua passagem de volta ao seu país de origem, passaporte em dias, e muito, mas muito cuidado com seus pertencens, pois em uma fronteira como essa, ninguém é de ninguém, essa é uma terra sem definitivamente sem leis.

Autor
Luiz Jr. Fernandes
Luiz Jr. Fernandes
Sou um analista de sistemas, fotógrafo, autor deste blog e viajante profissional. Já conheci mais de 70 países em todos os continentes do mundo. As minhas matérias são 100% exclusivas, inspiradas em experiências reais adquiridas nos destinos que visito. Obrigado por ler e acompanhar o meu trabalho.
5 comentários publicados
  1. Em novembro/2015 estamos indo participar de um Congresso de Sociologos. Vamos ao panamá primeiramente e no dia seguinte rumo a San Jose, vamos de autobus. Espero ter uma boa experiência.

    1. Olá Wellingto, eu e mais 4 amigas estaremos no mesmo congresso. Nosso destino porém, é um pouco diferente. Ficaremos um dia em Bogotá-Colômbia e depois seguimos à Costa Rica, mas estou muito interessada em tentar dar um ‘rolê’ rapidinho até o Panamá. Será possível ir até o Panamá tão breve? Algo como ir até o canal do Panamá e o seu entorno e voltar para Costa Rica, de ônibus? O que me aconselham?

  2. Interessante seu comentário. Para quem não foi ainda (como é o meu caso) me despertou o desejo de fazer essa travessia. Mas tenho certeza de que não tenho tanta coragem de fazer isso a pé, depois de ver as fotos e ler seu comentário. Mas ainda assim, ficou um gostinho de curiosidade. Valeu!!!

  3. Olá Luiz adorei seus comentarios eu sou uma senhora já idosa com 61 anos de idade e gostaria de conhecer lugares e como irei viajar sozinha tenho medo e queria saber entre todos os paises que voce visitou se puder qual deles voce recomendaria para conhecer e com baixo custo, porque procuro um lugar para morar mas, quero conhecer primeiro, algum que tenha qualidade de vida e que não seja tão caro para morar.

    1. Olá Dona Risa, obrigado por visitar o blog e deixar seu comentário! De fato existem tantos lugares no mundo que a gente pode até ficar sem noção de pra onde deveríamos ‘tocar’. Eu gosto de vários lugares no mundo, poderia viver uma vida inteira no México, em lugares como Tulum, Mérida, ou quem sabe Guanajuato. Também gosto muito da Ásia, países como as Filipinas e Tailândia podem render boas histórias de vida a um custo bem interessante. Outro lugar bom é a África, porém um tanto conturbado e não tão fácil de viver a vida. Podes também encontrar um bom refúgio em alguns países do Caribe, o custo de vida pode ser bem acessível em lugares como a República Dominicana, San Andrés ou quem sabe até mesmo Cuba e Jamaica, não é!? O importante é ir com o coração aberto, disposta a experimentar o novo e se adaptar (ou não) a ele. Sem dúvidas ande for vai se sentir em paz e completa 😀 Abração!

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