Tikal: veja minha experiência na capital do Império Maia na Guatemala

Tikal

Visitar a Guatemala e conhecer seu Parque Nacional de Tikal foi uma experiência muito parecida com um sonho. Depois de viajar por várias horas, cansados e sem dormir na noite anterior, fomos direto ao ponto e conhecemos Tikal no segundo dia em terras guatemaltecas.

Tikal: a capital do império maia

Vencer as distâncias não foi tarefa fácil, visto que estávamos na estrada já há cerca de um mês e já havíamos visitado Colômbia, Panamá, Costa Rica, Nicaragua, Honduras e finalmente estávamos rumando para o melhor do que o sexto país deste tour poderia oferecer – o que foi considerado o maior centro populacional, cultural e político da civilização Maia.

Como chegar em Tikal

Ainda de madrugada conseguimos contratar o tour para o mesmo dia, o primeiro do dia, que sairia logo por volta das 6 e meia da manhã. Foi necessário contratar o passeio em uma agência pois como estávamos sem dormir, não estávamos com muita paciência para trilhar a forma mais econômica de chegar lá.

Como nossa base foi na Ilha de Flores, para chegar até Tikal ainda teríamos que percorrer 64 quilômetros até chegar ao Parque – é realmente algo remoto! Em meio a uma densa selva tropical estão lá o que poderia ser facilmente considerado como Machu Picchu da América Central – um Patrimônio da Humanidade que fica localizado a mais de 300 quilômetros da capital deste país – a Cidade da Guatemala.


Chegando em Tikal, valores e a maquete das ruínas

Como é a visita a Tikal

E qual seria a melhor forma dos brasileiros conhecerem um lugar tão remoto e incrível quanto este sem passar por um mochilão de 45 dias? Pois bem, não vejo opção mais acessível do que via El Salvador.

Os voos das cias aéreas que atuam fortemente na América Central são mais econômicos via San Salvador do que Guatemala City e há ainda a vantagem da capital salvadorenha ser um forte hub da TACA/AVIANCA. Vale a pena também fazer uma pesquisa pelas oportunidades oferecidas pela Copa Airlines via hub das Américas no Panamá, pois desde lá partem muitos voos diretos para a capital guatemalteca.

Quanto custa para visitar Tikal

A taxa de admissão do parque para estrangeiros válida para 1 dia completo é de 150 quetzales (cerca de 30 reais). Já para os residentes da Guatemala a taxa cai para 25 quetzales (mais ou menos 5 reais). Logo na chegada do Parque eles também tentarão vender um mapa do sítio arqueológico por um preço absurdo.

Pirâmides Maias

São vários templos espalhados no meio da mata. O gramado verdíssimo realça as cores acinzentadas dos templos. Existem milhares de antigas estruturas em Tikal e apenas uma fração delas foram escavadas após décadas de trabalho arqueológico.

Os edifícios mais importantes incluem as seis grandes pirâmides e os templos rotulados I – VI. Algumas destas pirâmides possuem mais de 60 metros de altura! Eles foram numeradas sequencialmente durante o levantamento inicial do sítio arqueológico e estima-se que cada um desses grandes templos deveriam ter sido construídos em menos de dois anos.


Algumas das ruínas maias de Tikal

Ao subir no Templo IV, o mais alto de Tikal, com aproximadamente 70 metros de altura, a vista é sensacional: pude observar os outros três templos/pirâmides maia perdidas no meio da vegetação nativa da floresta tropical. Este Templo IV é a maior pirâmide construída em qualquer lugar na região de Maya no século 8 e na sua forma actual é o mais alto da estrutura pré-colombiana nas Américas.

Muitos belos edifícios foram descobertos e acreditam existir muitos mais a ser descoberto. Entre os muitos sites maias na América Central, Tikal é talvez o mais impressionante por conta dos impressionantes templos/pirâmides dispersos que foram restaurados em uma área envolta pela selva.Você pode subir até o topo de alguns dos templos e obter vistas panorâmicas a partir de cima das copas das árvores.

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Templos espalhados pela selva tropical do norte da Guatemala

Várias árvores realmente muito altas proporcionam sombra ao longo das trilhas largas que os visitantes devem percorrer a partir de uma ruína para a próxima. Com exceção do Templo IV as elevações são pequenas. Escadas de madeira Muito íngremes levam até os templos que estão abertos ao público, e escalar essas pirâmides pode até parecer tarefa simples, mas é algo que exige condicionamento físico, visto que são escadarias curtinhas e que com o passar dos anos foram se deformando, sem contar o quanto estavam escorregadias logo pela manhã.

Na foto a seguir fiz questão de registrar uma comparação entre o meu tamanho e o imponente Templo IV.


Pequenino próximo a um dos templos de Tikal

O portão principal do parque abre 6 da manhã e fecha oficialmente 6 da tarde. Existem ônibus e microônibus que conectam os turistas com as cidadezinhas próximas, Flores e Tikal. Existe ainda uma tal de Agência de Viagens San Juan, que tem uma espécie de monopólio sobre o transporte que irá buscá-lo em seu hotel em Flores e que custa Q120 ida e volta ou Q60 para apenas uma perna.

O templo mais famosão é o da primeira foto desta matéria, o Templo do Jaguar, que fica bem no centro deste sítio arqueológico. Desde o topo deste edifício é possível avistar a forma na qual eram realizados os sacrifícios no apogeu desta sociedade. As cabeças eram cortadas, rolavam escadaria abaixo e iam parar no círculo branco que pode ser observado na montagem a seguir.


Algumas das ruínas e a visão desde o topo dos templos

O centro cerimonial contém templos magníficos, palácios e praças públicas que podem ser acessados por meio de rampas. Restos de regiões que seriam o local onde eles moravam estão espalhados por toda a paisagem dos arredores. A cidade em ruínas reflete a evolução cultural da sociedade maia de caçadores/coletores para a agricultura, com uma elaborada cultura, religião, dotes artísticos e científicos que viria a se desmoronar no final do século 9.

No Parque Nacional de Tikal, na Guatemala, o Instituto de Antropologia e História do Ministério da Cultura guatemalteco, está trabalhando para proteger este que é um dos mais importantes e antigos sítios maias, bem como parte da maior floresta contígua tropical da América Central, a considerada Reserva da Biosfera Maia.


Templo II de Tikal na Guatemala

Percorrer todo o Parque Nacional de Tikal logo depois das horas de ônibus e deslocamentos que vinham sendo realizados desde a saída de Cópan Ruínas fizeram com que este passeio fosse um pouco mais cansativo do que realmente é – caminhar entre os templos não é tarefa complicada ou cansativa, as trilhas de terra em meio a floresta é muito bem arborizada, o ar puríssimo e a temperatura estava muito agradável nesta oportunidade que tive de conhecer a capital do império maia. Saímos de Tikal por volta das 3 da tarde, rumo a Flores, precisando de um descanso.


Voltando pra Flores de Guatemala

Concluindo

Fiquei duas noites em Flores e no terceiro dia pegamos novamente a estrada rumo ao sul do país, desta vez para conhecer a antiga capital da Guatemala, a lindíssima cidade de Antigua, que será assunto do próximo post sobre essa aventura na América Central. Gostou de Tikal? Então deixe seus comentários na caixa que vem logo a seguir 😉

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Categorias: América CentralGuatemala

Veja os comentários (1)

  • gostei muito, claro! obrigado por nos presentear c tantas informações instigantes q fazem despertar o nosso interesse - é como se tivesse uma 'vozinha' dentro da gente, dizendo: 'vá lá...vá lá...vá lá!' abraço