Então eis que de volta estou à vida real. Paro e penso: sim, eu estive por umas 4 semanas na África e mais uns 10 dias no Oriente Médio. E tudo começou pela Europa. Pra ser bem sincero eu tinha esse temor em conhecer o velho continente. Eu acreditava piamente que iria gastar rios de reais para me manter vivo por lá ao mais baixo custo possível por um par de dias. Eu estava enganado.
Por ironia das tarifas aéreas, obtive em Roma o suporte necessário para embarcar pela segunda vez para o continente africano. Por ali visitamos Zimbabwe, Zâmbia, Malawi, Tanzania e partimos de volta para a Europa desde Nairobi, a capital do Kênia. Dias intensos com uma prévia de descanso em Goiás e eis que embarquei novamente para terras bem disputadas nesse nosso planeta, conheci Israel e seus destaques (Jerusalém, Belém, Mar Morto, Massada, Eilat) e cruzamos a fronteira (quádrupla) rumo à Aqabab, Jordânia!! E de volta eu estava às arábias 🙂 E tudo isso começou com um grande erro da Gol Linhas Aéreas.
Comprei ano passado uma passagem maluca da Delta na qual partiria do Rio de Janeiro (GIG), faria uma escala de cerca de 1:30 em Brasília (BSB) e voaria então durante toda a noite rumo a Atlanta (ATL) de onde partiria posteriormente no mesmo dia para Nova York (JFK). Essa passagem me custou uns U$ 700. A questão é que NYC não seria meu destino final; ainda não! Eu faria uma layover de 12 horas na Big Apple, chegando pelas 5 da madrugada e embarcando por volta das 11 da noite do mesmo dia para Telaviv, a capital de Israel.
Todos sabem que vivo na cidade de Inhumas-GO, essa é minha hometown e amo esse lugar! Minha base de voos é Goiânia, ou Brasília, as duas metrópoles mais próximas. Eu poderia muito bem ter ido direto para Brasíia, salvado um dia todo de voos e aguardado o voo da Delta que partiria pela noite direto da Capital Federal, mas por burocracias e detalhes inexplicáveis na lógica dos custos dos tickets para voos internacionais, eu fui forçado a comprar um voo da TAM de ida desde Goiânia para o Rio de Janeiro que por incrível que pareça fazia uma parada na bendita Capital Federal. Ironia do destino?! Não! Eu estava apenas começando a perder o sentido dessa viagem: estar em Jerusalém para o sábado de Páscoa! vai lendo…
Em Jerusalém – Israel
Cheguei no Rio de Janeiro com folga para conhecer até mesmo o Cristo Redentor, mais de 4 horas antes da partida do voo de volta a Brasília. Quando fui fazer meu checkin na GOL, cia parceira da DELTA que me levaria de volta a BSB para seguir viagem rumo aos Estados Unidos, eis que fui vítima dos contratempos da aerolinha brasileira, que demorou mais uma hora a mais do que o normal para decolar, e depois ao chegar em Brasília, demorou tempo demais para liberar os viajantes da aeronave (já em solo! mais de 50 minutos!) e eis que perdi o voo da Delta. Passei a sexta-feira de cinzas com a vista do aeroporto de Brasília, encaixotado em um apartamento de hotel.
Vista do Aeroporto de Brasília
Até o momento eu já havia perdido algumas valiosas horas, tempo este que eu investiria conhecendo Atlanta com o carro que já estava alugado, e também um dia completo na cidade mais legal do planeta (NYC). Isso já estava ficando caro demais para mim. Na noite da sexta-feira da paixão, eis que voltamos até o aeroporto de Brasília para embarcar em um remanejamento que a Delta havia feito para tentar nos colocar em Israel da forma mais rápida possível. Até então estávamos marcados em um voo que iria para Atlanta e de lá direto até Roma, para conseguir enfim pegar um voo para Telaviv na El Al, a cia aérea nacional de Israel. O que também é claro deu errado!
O voo em que fomos marcados estava sinalizado com overbooking (voo lotado) e então partímos mais uma vez pro guichê de remarcação e compra de passagens para tentar encontrar uma solução, que veio da parta da DELTA da melhor forma possível: fomos marcados para continuar a nossa viagem com a Air France e o melhor de tudo? A cabine econômica estava lotada e fomos acomodados na executiva 🙂
O destino?! Por ironia dele próprio era Paris, uma das capitais européias que havia jurado a mim mesmo que só conheceria em uma ocasião alternativa como essa! De lá partiria a segunda perna do meu voo rumo a Israel, também na executiva. Quanto tempo eu teria? Apenas umas 6 horas. O que eu fiz nesse tempo todo?! Ah, isso você lê na próxima matéria dessa série 😉
Torre Eiffel em Paris
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