Desembarquei em Hanói, a capital da República Socialista do Vietnã em uma manhã fria e com o céu bastante encoberto. Só alguns dias depois fui descobrir que devido ao alto índice de poluição desta cidade os dias costumavam ser sempre cinzas, e eu tão acostumado com a agitação de Bali e dos meus dias na Tailândia, estava adentrando um novo país sem tanta animação, mas que aos poucos foi se convertendo, se adaptando a novas realidades até que finalmente consegui me sentir em casa mesmo em uma das localidades mais distantes da pátria amada.

Eu havia chegado depois de uma longa conexão no aeroporto de Cingapura (mais de 8 horas) e de quebra havia sofrido um pequeno acidente com meu pé direito, nada que me levasse a procurar um hospital em plena capital do Vietnã, mas definitivamente isso fez com que minhas capacidades de locomoção fossem reduzidas em 50%. Havia chutado um carrinho com o dedinho mindinho do pé direito (sim eu estava usando chinelos desde a minha saída de Bali). O dedo inchou, rocheou e o meu desânimo aumentou estrondosamente. Gelo e mais gelo nos dois pés, duas horinhas em um dos hotéis que ficamos hospedados e lá estava eu pronto para absorver as primeiras impressões de um país que se mostrava desafiador em um primeiro momento, e estrondosamente interessante em um segundo e reflexivo momento.

Além de ter passado vários problemas para conseguir a permissão para adentrar o território vietnamita (exato: eles não emitem o visto na chegada ao país a não ser que tenha solicitado eletrônicamente essa permissão – assunto de outro post!), o clima me desanimou, meu pé machucado e acima de tudo o duelo que foi preciso travar para conseguir ser trapaceado na hora de fazer o transfer do distante aeroporto de Hanói até as caóticas ruas do centro dessa capital asiática.

TRAPACEADO sim. Os vietnamitas de Hanói já no aeroporto cobravam exorbitantes valores para levar-nos até o centro. Fomos para a rua, atravessamos uma rodovia movimentada e encontramos duas espécies de associações de taxistas que estavam ali maquinando as formas de extorquir o máximo de receita possível dos desavisados latino-americanos que não fizeram a lição de casa e não sabiam qual era a merlhor forma de sair do aeroporto de Hanói e chegar até o centro da capital do Vietnã, foi preciso sofrer na pele pra aprender.


Vietnã e Hanói: primeiras impressões

Negociamos com um taxista que cobrou pelo serviço e nos levou até outro taxista (que estava em outro ponto ao lado, ainda próximo do aeroporto), que simplesmente abriu um sorriso e falou que nos levaria até o Hanói Hostel. Já havíamos pagado a corrida para o primeiro motorista, mas chegando ao destino o taxista cobrou novamente o mesmo valor de todos nós (éramos 5!). Sem mencionar que nenhum deles falava inglês, foi tudo na base da mímica e quando chegamos no hotel o pessoal da recepção tentou arranhar o inglês comigo para falar que eu deveria pagar novamente a conta cobrada pelo segundo taxista, pois senão chamaria a polícia. E essas foram as minhas boas-vindas a Hanói!

Superado o problema, curativo feito, checkin realizado – no hotel errado a propósito, pois o taxista fez questão de nos largar em um hotel que era ao lado do hostel que ficaríamos hospedados, obviamente por conta da propina que estaria ganhando para cada turista que levasse, era hora de enfim procurar algo para comer pelas ruas de uma das mais caóticas capitais do Sudeste Asiático, mas o que comer?

Comerciantes de comida de rua e algumas de suas mercadorias
Comerciantes de comida de rua e algumas de suas mercadorias

Hanói é famosa por seus gostos fortes e excêntricos, pelo noodles e suas combinações servidas em pequenos banquinhos ao longo das apertadas calçadas da capital do Vietnã. De tão exóticos que são que é possível comer frutas deliciosas e saudáveis pelas ruas, tal como a fruta do dragão, ou ainda pode encontrar um bom lugar para aquecer a garganta com o famoso Poo, uma espécie de noodle(macarrão de arroz) com seu acompanhamento predileto, alguns amam os testículos, outros corações e há ainda aqueles que preferem simplesmente sentar em algum canto que sirva uma das mais bizarras refeições da capital: o cachorro ao molho doce assado nas televisões (por ironia) de cachorro.

Mas calma, há ainda comida normal, e é claro que o nome dela não está sob as marcas Mc ou Burguer ou ainda Sub, pelo contrário, os vietnamitas de Hanói estão muito bem servidos com suas próprias redes de fast-foods, na qual a especialidade é o frango assado. Uma vez bem alimentado que tal se apertar no meio de milhares de motos e carros? Basta pisar na rua para sentir a pressão de uma das cidades com mais motos por habitante em todo o nosso planeta.

Tráfego intenso nas ruas do centro de Hanói
Tráfego intenso nas ruas do centro de Hanói

Nos próximos dias aguarde por mais atualizações sobre o Vietnã, vamos conhecer um dos patrimônio histórico da UNESCO, a Halong Bay, além de ter experimentado alguns dias desta semana na intensa Ho Chi Minh City, localizada ao sul do território vietnamita, onde explorei suas ruas, conheci museus, naveguei pelo Delta do Mekong e muito mais! Fiquem de olho nas novidades!

Autor
Luiz Jr. Fernandes
Luiz Jr. Fernandes
Sou um analista de sistemas, fotógrafo, autor deste blog e viajante profissional. Já conheci mais de 70 países em todos os continentes do mundo. As minhas matérias são 100% exclusivas, inspiradas em experiências reais adquiridas nos destinos que visito. Obrigado por ler e acompanhar o meu trabalho.
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2 comentários publicados
  1. Excelente Post! Vou para o Vietnã em novembro. Não vejo a hora de ler sobre Baía de Halong. Só terei 3 dias e ainda não sei como vou dividir.

    1. Olá Mário, agradeço por sua visita e comentário aqui no Blog! Convido-te para ficar antenado em nossas atualizações pois a próxima matéria sobre o Vietnã tratará mustamente sobre a Baía de Halong! Abração e desde já uma BOA VIAGEM!

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