O meu trem da PeruRail que era para sair ás 16:00 da estação de Ollanta (já contando com os atrasos), acabou ficando bem atrasado devido a uns problemas com a linha férrea. O trem acabou saindo apenas ás 20:00 e o povão que aguardava desde cedo já estava irado. Senti uma certa desorganização da PeruRail nesse ponto. Ainda mais por oferecer uma passagem muito acessível aos peruanos com DNI (identidade peruana) e abusarem dos turístas, que chegam a pagar várias doletas pela mesma viagem que os peruanos pagam apenas 10 soles.
Trem da Perurail partindo de Ollanta
Apesar das grandes desigualdades no tratamento para com o turista, estava muito próximo da “cereja do bolo”. No outro dia pela manhã iria conhecer o tão famoso Macchu Picchu e esses permenores da viagem se transformaram em meras chateações.
Cheguei em Aguas Calientes na noite de quinta-feira, por volta das 23:00 horas, sem hotel, neim ao menos uma reserva eu possuia. Confiei única e exclusivamente na sorte para encontrar um lugar para me hospedar a um custo acessível. E acabei dando sorte de obter uma vaga no mesmo hotel de um amigo que fiz em Ollanta. Ao custo de 25 soles eu teria uma ótima cama com café da manhã no dia seguinte, água quente no banheiro e por uma misera bagatela de 10 soles, eu também teria um guia. Aceitei toda a barganha e dormi ancioso por acordar no próximo dia para o viver Macchu Picchu por completo.
Incrível a sensação de estar aos pé do Wayna Picchu
Acordar bem cedinho em Aguas Calientes é mágico. A cidade amanhece tomada por nuvens, densas, que dificultam até mesmo a visão para as caminhadas na cidade. Sair do seu hotel, caminhar pela rua e dar de cara com a visão da montanha Wayna Picchu é indescritível. Esse passeio ao Macchu Picchu é sempre tão rodeado de mistérios, dúvidas, a própria dificuldade em chegar até o remoto local, que parecia realmente inacreditável para mim estar naquele lugar.
O Rio Urubamba, que corta todo o povoado de Aguas Calientes tem uma correnteza fortíssima! É realmente muito bonito ver o constraste do rio, com o fundo da mata na base das montanhas que abrigam a cidade perdida dos Incas.
Povoado de Aguas Calientes – Macchu Picchu – Peru
O vilarejo é realmente “ilhado” no meio da mata. Existem outras formas de se chegar até lá, assim como já falamos por aqui anteriormente, mais se você está por conta do trem, você realmente fica sem outras alternativas de deslocamento.
Corretezas realmente muito fortes no Rio Urubamba
Além de uma fonte de aguas termais, o povoado de Aguas Calientes possui um grande mercado de artesanato, posicionado estrategicamente na porta da estação de trem da PeruRail. Os preços são um pouco mais elevados do que os praticados na cidade de Cusco, mas acaba que isso faz com que existam novas oportunidades de renegociação do custo solicitado por uma determinada mercadoria. Cuanto quieres pagar?. Negocie e encontre boas oportunidades de ter aquele produto que você só viu por ali.
Artesanato em Aguas Calientes – Peru
E duas dicas importantes para quem está em Aguas Calientes – compre antecipadamente a passagem do ônibus que te levará do povoado até os portões de entrada do Macch Picchu. O custo é de 8 dólares e vale muito a pena, pois a subida é gigantesca! Se você preferir ir caminhando gastará com facilidade cerca de duas horas ou mais.
Suba cedinho de ônibus, vale muito a pena!
A segunda dica é para quem não comprou o ticket que dá acesso ao Macchu Picchu. Os bilhetes podem ser adquiridos no centro do povoado de Aguas Calientes ao mesmo custo praticado em Cusco. O lugar que deve ser procurado é o Centro Cultural Macchu Picchu.
Centro Cultural Macchu Picchu
A ansiedade por subir o Macchu Picchu só se expande ao visitar Aguas Calientes. Poder caminhar por aquelas ruas curtinhas, totalmente sem veículos de passeio, escutando conversas em idiomas de várias nacionalidades é impressionante. É fácil entender um pouco do sentimento que relato aqui ao ver a foto abaixo, a estátua do grande imperador Inca Pachakutec que fica bem no centro do povoado.
Estátuas em homenagem a Pachakutec
E ao se deparar com essa igrejinha toda construída com pedras, você realmente entende que está em um lugar diferente de tudo o que já visitou.
Bela Igreja feita com o que? Pedra, é claro…
E realmente não é todo dia em que podemos encontrar trafegando pelas ruas uma viatura como a da foto abaixo!
Não se vê uma viatura como essas todos os dias, não é mesmo?
E finalmente chegamos ao fim de mais uma publicação dessa série solitária no Peru. No próximo capitulo vocês conhecerão finalmente o Macchu Picchu em toda a sua essência. Estamos preparando um post com muitas fotos e que vai acabar te transportartando diretamente para a cidade perdida dos Incas. Não deixe de acompanhar de perto o Blog Boa Viagem.
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