Aproveitei a oportunidade recente de conhecer mais uma das ilhas do Havaí e decidi que seria o momento mais oportuno para subir um nível nas minhas certificações de mergulho pela PADI. No primeiro post dessa série, eu relatei detalhes da minha saga em busca de uma agência de mergulhos bem legal que pudesse me certificar no período desta viagem e demonstrei a riqueza da diversidade marinha das águas que banham a Ilha Jardim: nós vimos tubarões, moreias, tartarugas e vários peixes realmente exóticos. Dois dias depois, com o e-learning 100% em dias eu combinei com a Kristin para que pudéssemos realizar os outros 3 tanques partindo da praia.

O ponto de encontro foi em um escape para o mar que existe ao sul da Poipu Road, muito próximo da praia mais badalada da costa sul do Kauai. Marcamos de nos encontrar às 8 da manhã para que ela me orientásse com calma sobre as tarefas que eu deveria executar para conseguir o certificado de mergulhador avançado.

Mergulho a partir da praia - segundo dia de exames
Mergulho a partir da praia – segundo dia de exames

Seriam três lições básicas que eu deveria realizar antes de partirmos para a parte mais legal dos mergulhos. A primeira tarefa faria com que eu provasse que era bom de flutuação. A segunda, mais desafiadora e interessante, consistia basicamente em desenhar um quadrado com cordas no fundo do oceano com a ajuda apenas de uma bússola.

Já na terceira, faríamos o naturalismo subaquático, onde eu deveria apontar 3 espécies de fauna e flora e escrever os nomes na prancha. Só que atéter tudo pronto para fazer o quadrado, eu fiquei por ali me divertindo com umas amigonas que encontrei no meu caminho…

Tartarugas em mergulho próximo a Poipu Beach
Tartarugas em mergulho próximo a Poipu Beach

Logo ela me chamou e disse que já estava tudo pronto. A primeira prova seria a do controle de flutuação. Eu deveria passar entre vários arcos sequencialmente sem encostar neles…, foi moleza!

Realizando provas para a certificação avançada
Realizando provas para a certificação avançada

Logo depois eu precisei fazer umas contas em baixo dágua, as mesmas que ela pediu pra que eu fizesse na superfície, escrevendo o resultado – isso era pra testar a minha capacidade de raciocínio enquanto estou mergulhando, acabei respondendo mais rápido em baixo dágua 🙂 Entre um teste e outro, a Kris me dava a liberdade de explorar o fundo do mar nos arredores até que ela conseguisse colocar as cordas amarradas e os pesos posicionados para nosso segundo teste – o quadrado.

Moréias em mergulho no Kauai
Moreias em mergulho no Kauai

Essa prova também não foi tão difícil: ela contou 40 pernadas de natação em baixo dágua (o que deu pouco mais de 45 metros) e quando paramos no meio do oceano, colocamos um peso no fundo, sendo este o ponto de início e fim do meu quadrado. Ela me deu a bussola e me orientando pelos graus eu deveria esticar a corda até formar os 4 lados do quadrado. Veja bem que são quase 50 metros para cada lado – é praticamente impossível encontrar o início se a sua navegação não estiver em sincronia com o compasso. Eu terminei com menos de 10 minutos e o meu quadrado foi o mais perfeito que a Kristian já havia visto nos últimos tempos \o/

Selfie com um frog-fish
Selfie com um frog-fish

Trocamos o tanque e partimos para a água novamente: era a prova de naturalismo subaquático. Eu deveria apontar 3 animais e 3 espécies de plantas. Por sorte eu comecei com uma espécie realmente exótica e típica das águas havaianas: o peixe-sapo (frogfish)

Peixe-Sapo
Peixe-Sapo

A água estava muito verde e mesmo usando um filtro na minha câmera as cores não ficavam tão realçadas como quando mergulhamos no azul profundo, mas convenhamos que uma vez no Kauai eu sequer me preocupava com a “tinta” do oceano! O segundo bicho que apontei foi um peixe-escorpião, que mais parecia um pedaço de pedra entre os corais no fundo do mar.

Peixe-escorpião
Peixe-escorpião

Entre várias tartarugas e moreias, apontei outras várias espécies da flora local, tal como algumas anêmonas e pepinos do mar além de ter encontrado várias lesmas e outros animais incríveis que conseguimos contemplar em nosso caminho. Mas fala sério, o tal do peixe-escorpião é um espetáculo, concorda?!

Peixe-escorpião camuflado em seu habitat natural
Peixe-escorpião camuflado em seu habitat natural

A última tarefa que tive que realizar foi de longe a mais desafiadora. Depois de ficar mergulhando por quase uma hora, com pouco ar no meu cilindro (porém sempre mergulhando a uma baixa profundidade), eis que a Kristian tomou a bússola da minha mão e juntou as duas mãos em um sinal que dizia: “Hey, você, nos leve para casa”. Eu deveria nos dirigir sem auxílio de instrumentos à origem do nosso mergulho. Era preciso lembrar de marcos que encontramos no caminho. Eu me orientei pelo posicionamento do sol. Saímos com ele à nossa frente e foi só dar as costas e nadar para frente que consegui voltar ao ponto original, simples entretanto muito desafiador (confesso que fiquei meio perdido no começo!) Espero que tenha gostado dos relatos e que estes textos lhe proporcione a inspiração necessária para continuar sempre explorando o fundo dos oceanos 😀

http://www.youtube.com/v/TRzqrGA9mbs
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Autor
Luiz Jr. Fernandes
Luiz Jr. Fernandes
Sou um analista de sistemas, fotógrafo, autor deste blog e viajante profissional. Já conheci mais de 70 países em todos os continentes do mundo. As minhas matérias são 100% exclusivas, inspiradas em experiências reais adquiridas nos destinos que visito. Obrigado por ler e acompanhar o meu trabalho.

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