No começo de 2013 eu decidi que começaria a fazer uma poupança de milhas para uma improvável viagem futura. Eu sequer sabia qual seria o destino final e por quanto me sairia tal viagem, mas de uma forma ou de outra eu comecei a economizar grana e a comprar milhas. Durante vários meses eu fiquei planejando qual seria a viagem perfeita, quais seriam os destinos fantásticos no planeta que poderiam ser visitados em uma única viagem e por quanto tempo eu poderia me ausentar do Brasil sem fazer com que a minha própria vida real entrasse em um colapso por conta da ausência requerida por tal viagem. Eu só não sabia que tudo aconteceria tão rápido e tão intensamente como tem acontecido nos últimos meses.

Descarte também da conta dessa viagem a minha recente volta ao mundo como Bosch Explorer na Bosch World Experience 2014, que me levou a visitar 6 países em 18 dias no último mês de agosto. Essa nova viagem está sendo a minha segunda volta ao mundo em menos de dois meses. E tudo começou no dia que conheci o Lifemiles, o programa de milhagem da Avianca que me permitiu emitir trechos internacionais com as cias aéreas parceiras via Star Alliance. Eu sempre tive esse desejo incontrolável de dar uma volta ao mundo por conta própria, só não esperava que isso fosse acontecer apenas algumas semanas após voltar de uma volta ao mundo com outros 5 companheiros de vários países distintos. Eu planejava uma viagem sozinho, livre, independente e que fosse de preferência uma viagem exclusivamente para praticar uma das atividades mais prazerosas do planeta: o mergulho com cilindro (scuba dive).

Eu já até havia experimentado o programa Lifemiles em outras oportunidades, porém esta foi a primeira vez que utilizei esse esquema para emitir viagens com cias parceiras da Avianca. Durante meses eu planejei calado, eu estudei as possibilidades, os cruzamentos de voos e principalmente os destinos que estava querendo conhecer há tempos. E eis que no começo deste ano eu chutei o balde e decidi emitir esses tickets entregando nas mãos de Deus essa viagem. O meu itinerário ficou mais ou menos assim: Brasília – Panamá (layover de 12 horas) – Los Angeles (layover de 12 horas) – Lihue/Kauai/Hawaii (7 dias) – Honolulu/Oahu/Hawaii (3 dias) – Seoul/Coréia do Sul (layover de 6 horas) – Palau/Micronésia (6 dias) – Manila/Filipinas (layover de 12 horas) – Puerto Princesa – El Nido (6 dias) e finalmente o retorno para casa desde Manila via Cingapura e Barcelona. Intenso não é mesmo!? E os voos internos, tanto no Havaí quanto nas Filipinas foram emitidos do meu próprio bolso e todas as outras conexões internacionais emitidas com milhas Lifemiles.

Copa, United, Asiana e Singapore foram as cias aéreas utilizadas. Os voos internos foram realmente muito econômicos e não passaram de U$ 70,00 cada. Um planejamento longo e que realmente fez toda a diferença exatamente agora que estou prestes a finalizar essa grande aventura por destinos incríveis localizados no Oceano Pacífico. Nunca foi fácil partir sozinho, ainda mais para uma viagem tão intensa, mas quem é que teria tempo ($$$) suficiente para investir em uma loucura como essa? Bom eu não cheguei a correr atrás de companheiros para essa viagem e desde o primeiro minuto sabia que esta seria uma aventura em que caminharia sozinho, porém nunca desacompanhado. Desde os primeiros momentos eu estive sempre com alguém por perto para conversar, trocar experiências e até mesmo desfrutar das mesmas atividades que eu estava realizando.

Foi algo sensacional; ter descoberto o Palau para mim foi algo sobrenatural! Este é sem dúvidas um dos destinos mais paradisíacos que já visitei em toda vida, ganhando disparado de qualquer outro destino já visitado, tanto pela acessibilidade proporcionada ao viajante internacional, quanto pela beleza de suas águas cristalinas e de seus mergulhos impressionantes. Não vou sequer mencionar o Jelly Fish Lake, foto que ilustra a capa dessa matéria! Esta foi uma das experiências mais memoráveis de toda minha vida, porém acredito que sequer pude raspar a superfície do que este destino pode proporcionar para as pessoas que optam por vivê-lo. E por falar nesse lugar, que tal se eu desse uma previsão para vocês sobre o que vem por aí? Pois bem, continuem seguindo com a leitura…

Kauai/Havaí

Um típico pôr do sol havaiano em Poipu Beach
Um típico pôr do sol havaiano em Poipu Beach

Decidi voltar no Havaí desde o último dia da minha última viagem pra lá em 2012, quando conheci um pouco de Oahu, Maui e Big Island. Grande besteira fazia eu, conhecer outra ilha incrível do Havaí ao invés de ter investido todo meu tempo em apenas um lugar. Vê-se muito de pouco e curte-se pouco de muito. Mas enfim, o fiz e não poderia ter optado para iniciar melhor: comecei tirando o meu Advanced Open Water. Quem diria que o destino quisesse que meus dois certificados de mergulhador pela PADI fossem emitidos no Havaí? Sorte a minha pois além de fazer o melhor quadrado já visto na vida da minha instrutora (e os que são mergulhadores avançados entenderão bem…), acabei também aprendendo muito mais sobre a vida marinha do Kauai 🙂

Não parou por aí. Eu aluguei um carro e rodei da forma mais intensa possível por essa ilha, de norte (Tunnels Beah) a sul (Poipu Beach) e de leste (Kapaa e Wailua River) a oeste (Waimea Canyon e a belíssima Napali Coast). Fiquei hospedado a convite (livre do custo das diárias) em duas soluções de hospedagem: Kauai Banyan Inn e Grand Hyatt Resort Spa Kauai, opções para diferentes perfis econômicos que atendem a viajantes luxuosos de alto nível, bem como casais e famílias viajando com o orçamento para hospedagem um pouco mais limitado, ambas simplesmente perfeitas e cada qual terá seu devido relato por aqui.

Oahu/Havaí

Vista do Diamond Head desde o oceano
Vista do Diamond Head desde o oceano

Meus objetivos em Oahu desta vez foram diferentes: eu queria conhecer a Lanikai beach e a North Shore, mesmo que fosse um pouquinho de cada uma delas. Oahu também foi um hub fundamental para minha viagem, servindo como base para a viagem que me conectou de executiva da Asiana via Coréia do Sul para um dos lugares mais paradisíacos do planeta, um pequeno conjunto de ilhas independentes, o país da micronésia chamado Palau.

Palau/Micronésia

German's Chanell no Palau - Micronésia
German’s Chanell no Palau – Micronésia

O Palau veio para a minha vida de uma forma tremendamente inusitada. Na realidade eu sequer imaginava que fosse parar nessa pequenina nação da Micronésia que possui um atrativo especial que foi definitivamente a cereja do bolo desta viagem: um lago repleto de águas vivas no qual é possível fazer mergulho livre com snorkel. Essas criaturas foram represadas entre colinas cobertas por árvores de cor verde-limão no meio de um paraíso de águas cristalinas. Elas se multiplicaram de forma incontrolável e perderam seu poder ofensivo natural justamente por não terem predadores nesse mesmo ambiente em que estão, inacessíveis ao meio exterior. Hoje estão lá aos milhares, em um lago com a estrutura necessária para qualquer um chegar e cair na água com máscara e nadadeiras. Eu estive no Palau, mergulhei nas águas do famosíssimo Jelly Fish Lake e vou contar essa e outras histórias sobre meus mergulhos com cilindro aqui nas páginas do Blog Boa Viagem nas próximas semanas.

Filipinas/Sudeste Asiático

Praia paradisíaca próxima a El Nido - Palawan - Filipinas
Praia paradisíaca próxima a El Nido – Palawan – Filipinas

O último destino dessa viagem por algumas das ilhas mais impressionantes do planeta ficou para as Filipinas, mais especificamente a ilha de Palawan, a residência de El Nido, vilarejo localizado no extremo norte desse estado filipino, cravado na Bacuit Bay, lugar onde vários viajantes consideram estar algumas das paisagens mais espetaculares do planeta. Eu aproveitei meus dias em El Nido da melhor forma possível: mergulhando! Estabeleci uma parceria com uma agência local de mergulhos chamada Deep Blue Seafari e esvaziamos 6 tanques em dois dias de mergulhos nas águas turquesas da foto anterior.

Todos os detalhes, dicas, informações para conseguir chegar nesses paraísos em nosso planeta estarão devidamente documentados aqui nas páginas do blog nas próximas semanas, podem aguardar relatos de aventuras aquáticas, trilhas, kayaking e muitos mergulhos com cilindro. Enquanto os dias desses relatos virem ao ar não chega, você pode acompanhar o restinho da viagem através de nossas redes sociais: @blogboaviagem (instagram), @blogboaviagem (twitter) e facebook.com/boaviagem.

Autor
Luiz Jr. Fernandes
Luiz Jr. Fernandes
Sou um analista de sistemas, fotógrafo, autor deste blog e viajante profissional. Já conheci mais de 70 países em todos os continentes do mundo. As minhas matérias são 100% exclusivas, inspiradas em experiências reais adquiridas nos destinos que visito. Obrigado por ler e acompanhar o meu trabalho.
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