Parti do Aeroporto de Incheon na Coréia do Sul por volta das 11 da noite e pousaria cerca de 3 da manhã em Koror, a capital do Palau, uma nação da Micronésia que persistiu durante todo meu planejamento como o destino perfeito para conhecer antes de rumar de vez por uma semana para as Filipinas. Eu testei vários voos, várias conexões, eu poderia ter ido para tantos outros lugares, mas parecia que o Palau fazia questão de ser incluído nesta viagem de volta ao mundo. Eu só poderia escolher 3 destinos nessa viagem que durou 3 semanas, eu não poderia desperdiçar muito tempo em conexões e aeroportos então acabei incluindo Koror em minha lista. Eu mal sabia onde ficava o tal do Palau, mas fui pra lá mesmo assim.
Quando pesquisei na internet sobre esse tema, não consegui encontrar quase nenhum relato ou material na língua portuguesa. De fato um destino tão complicado para ser alcançado pode ser facilmente substituído no roteiro de qualquer viajante em trânsito pela Ásia, mas parecia-me conveniente passar alguns dias em um lugar que estivesse no caminho entre Honolulu e Manila. Eu optei por ficar em Koror. Eu mal sabia como eu iria me virar por lá, todas as pesquisas me retornavam resultados complicados de viabilizar a viagem, hotéis sempre muito caros, comida realmente fora do meu orçamento e os passeios então de rancar o couro, eu comecei a focar o meu planejamento e acreditem: é possível conhecer o Palau pagando realmente muito barato!
Palau – Micronésia – Primeiras Impressões
Consegui descobrir um lugar econômico para me hospedar através de doses cavalares de pesquisa em fóruns sobre a Micronésia, o lugar é tão bom que vai virar um post exclusivo a ser publicado nos próximos dias. Nesse lugar o pessoal perguntou se eu precisaria de um transfer do aeroporto até Koror, desde que desembarcaria na capital do Palau às 3 da manhã, e eles me cobrariam apenas 10 dólares por essa gentileza. Logo no desembarque o calor escaldante tomou conta do meu organismo, e ainda era madrugada. Não demoramos mais do que 30 minutos para chegar na guesthouse, onde fui recepcionado de forma espetacular, mas isso é assunto de um próximo post hein! 😀
No dia seguinte acordei tarde e com jet-lag. O céu estava encoberto, com cara de chuva e o ar condicionado forte em meus aposentos não deixou eu perceber que o clima no Palau é escaldante a qualquer hora do dia. Eu levantei calmamente e comecei a me preocupar em comer algo, sequer me lembrava do que havia sido minha última refeição. Perguntei onde encontraria um mercadinho ou restaurante e me informaram que eu teria que ir para a rua principal. No Palau existe uma grande rodovia que percorre a principal ilha de ponta a ponta e nela estão todos os comércios. Lá fui eu, porém por um breve momento pensei que deveria ao menos tentar ver um pouco do que era Koror e confesso a você que fiquei encantado com o que vi na minha frente, tanto que esqueci até de comer!
Long Island Park – Koror – Palau
Fui caminhando até um lugar chamado Long Island Park, porém devo mencionar que estava um tanto quanto perplexo pois até onde eu conseguia enxergar a água, ela estava lá e em excesso, linda, limpa, cristalina por todos os cantos, mesmo com o céu nublado – eu estava começando a gostar MUITO do que viria pela frente.
Uma cidade meio que descentralizada, difícil de compreender apenas caminhando, porém rodeada por belezas naturais que faziam parte da rotina diária dos locais. Parecia que ninguém por ali estava tão surpreso quanto eu com aquela água mega cristalina nos arredores de Koror. Eu só queria que aquele clima melhorasse para que pudesse de alguma forma sair para conhecer um pouco mais sobre as Rock Islands.
Água impressionantemente transparente no Palau
Fiquei tão chocado com a cor e transparência da água que cheguei a enfiar a minha câmera no primeiro buraco com água que avistei e o que ela registrou foi fantástico, um monte de coral intacto e uma população gigantesca de mariscos – isso indicava algo bem positivo para o meu lado mergulhador – eu poderia esperar vários cardumes e uma beleza sensacional ao afundar em qualquer lugar nos arredores desta cidade.
Nesse momento a fome já não era mais um problema, de modo que estava estonteado pela beleza impressionante das águas que banham essa micronação; eu só queria pegar a minha máscara, nadadeiras e me lançar em qualquer lugar por ali para conhecer a beleza do fundo do mar na Micronésia!
Banho de Mar no Long Island Park – Koror – Palau
Ainda consegui atenuar um pouco a ansiedade em praticar snorkel nessas águas apenas tomando um banho de mar ali no Long Island Park. Este é um dos principais parques urbanos de Koror – poderia ser comparado a uma pracinha no centro da sua cidade 🙂 No caminho de volta pra casa eu tentei encontrar um lugar legal para contemplar o fim do dia (ainda sem comida hein!), só não estava preparado para o pôr do sol mais espetacular que meus olhos já teriam contemplado até então. Um show que vai ter post exclusivo por aqui também!
Fim do dia espetacular (mas isso é assunto pra outro post!)
Voltei pra perto de onde estava hospedado e entrei em um mercadinho para comprar alimentos – eu estava hospedado em uma casa de família e iria fazer as minhas refeições cozinhando 🙂 Nada melhor para diminuir o custo do orçamento em uma viagem de volta ao mundo. Aproveitei também que ali por perto estava acontecendo uma feirinha dos locais e fui para lá me aventurar na culinária regional – comi alguns espetinhos (universais!!), uns sanduíches e estava pronto para o dia seguinte – eu só esperava ver o céu azul, com o sol a pino para compreender até que ponto o fundo daquele oceano se mostraria tão transparente. A seguir você pode conferir um showzinho que estava rolando nessa feira, foi bem legal 🙂
Primeira noite no Palau
Você tomou vacina contra cólera? estou indo a Palau daqui a 15 dias e no site do serviço consular brasileiro diz que a vacina contra cólera é exigida em Palau, mas não encontra essa vacina para tomar.
Parabéns pela magnífica , exótica e rara aventura! Poucas pessoas vão se aventurar para Palau e isso é ótimo pois faz o lugar ficar bem preservado
Estive lá há 30 anos atrás e na época os habitantes reclamavam do boicote que os EUA faziam para se inspatarem lá, mas depois da experiência da segunda guerra mundial, ninguém queria americanos por lá! Deixaram uma terrível poluição com tanques e canhões por todos os lados , justamente num paraíso desses!!! Gostaria de saber como está lá agora. Espero que não tenham se corrompido com a globalização do capitalismo! Naquela época fiquei muito impressionada com a beleza do lugar que era a abertura das séries de Jaques Costeau! Tomara que ainda esteja bem preservado e mantenham esse paraiso. Quero voltar lá mas se encontra informações agora! Gratidão!!!
Obrigado por seu comentário Marcia!