Depois de desfrutar da bela refeição oferecida pelo pessoal do Restaurante e Pousada Malacara, já estávamos muito bem preparados para enfrentar o desafio introdutório ao Caminho dos Cânions, na cidade de Praia Grande, em Santa Catarina – os #AdventureBloggers estavam prestes a realizar uma das trilhas mais legais desta viagem ao sul do Brasil – a Trilha das Piscinas do Malacara, no Parque Nacional da Serra Geral. Esta é uma trilha que fica próxima do centro de Praia Grande, apenas 6km, bem ao lado do Refúgio Ecológico Pedra Afiada.
Piscinas do Malacara
Antes de iniciar a trilha o Guilherme da Operadora Rota dos Canyons, sempre muito atencioso, fez questão de nos orientar sobre os procedimentos básicos para curtir a trilha com segurança e sem deixar impacto algum no ambiente. Fomos esclarecidos com os detalhes básicos em relação ao percurso, a necessidade de molhar os pés, que é algo super-natural nessas trilhas, o tempo que gastaríamos (uma média de 3 horas), quantas paradas faríamos e fez questão de me deixar particularmente muito empolgado para chegarmos logo ao final, desde que teríamos a oportunidade de dar uma mergulhada em uma das piscinas naturais mais profundas.
A convesa fluia livremente, todos muito motivados enquanto fazíamos um breve alongamento antes de adentrar o leito do rio e inciar definitivamente a trilha. Mata fechada, muitos arbustos e enfim estávamos no meio do rio de pedras. Esta é uma trilha de média a alta dificuldade, visto que é necessário compreender que precisa-se ter um certo condicionamento físico para vencer a distância e os obstáculos que a natureza faz questão de transformar a cada cheia do rio. O visual logo no início da trilha é realmente explêndido, assim como vocês podem conferir na montagem logo a seguir:
Início da trilha do Malacara no Parque Nacional da Serra Geral
Quando estou em trilhas sou um grande problema: eu amo simplesmente gastar o meu tempo contemplando a beleza da fauna local, mais precisamente dos insetos e animais peçonhentos que podem ser encontrados em regiões como essas, cheia de pedras e bastante úmidade. Ainda costumo tentar impor um ritmo maior na minha própria caminhada, sempre com a vantagem de ficar para trás, gastando o máximo de tempo para fotografar quando encontro espécies de animais interessantes, que acabam sendo exclusivos destas regiões.
Nesta oportunidade encontrei várias espécies de besouros, algumas delas realmente muito interessantes, peculiares desta região, algumas aranhas caranguejeiras e muitas borboletas!
Um pouco da fauna local
E com o decorrer da trilha fomos colocando a prova o material que os patrocinadores desta ação nos forneceram. As mochilas DEUTER simplesmente não poderiam se adaptar melhor ao ambiente. A minha era uma mochila Futura, azul, que vem com Rain Cover, que além de proteger da chuva é muito versátil para caminhadas no meio da mata, protege o seu gear da úmidade e sujeiras em geral.
Visão geral da missão dada – Trilha do Cânion Malacara
E enquanto o caminho ia sendo vencido, caminhando entre as pedras de um lado para o outro, seguindo sempre as melhores rotas, os detalhes iam surgindo de uma forma tão natural que realmente fico com pena dos viajantes que não se atêm a esses detalhes da natureza. Eu realmente precisava de muito tempo e em certos pontos atrasava o grupo, mas sempre por motivos excepcionais, tais como os closes que a flora local ia me proporcionando. Simplesmente não poderia ignorar o momento único de capturar a beleza das fotos que compõem a montagem a seguir:
Detalhes da flora nativa do Malacara
E se detalhes fazem realmente a grande diferença, então a dica de ouro para quem vem para o Malacara é a seguinte: atenha-se aos detalhes! Tome o seu exclusivo tempo para apreciar a beleza única deste ambiente. Um ecossistema realmente sensacional! E na medida que mais água surgia, mais existiam detalhes a serem contemplados sem muita pressa!
Particularmente acredito que o tempo contribui para que esses detalhes fossem mais bem observados – estava um dia cinzento, chuvoso desde poucos momentos depois de partirmos de Porto Alegre e se por um lado foi ruim para fotografias que incluiam o céu, ou que precisavam muito de uma luz mais intensa, então foi ótimo por outro lado, pois a caminhada foi tranquila, sem o fator sol influenciando no nosso bem estar enquanto caminhávamos sob as pedras.
Vencendo os obstáculos e rumo ao fim da trilha
A água do rio era realmente muito gelada, e apesar do tempo estar fechado, acredito que este seria um ótimo passeio para realizar novamente sob calor escaldante. A água que banhava nossos pés em cada travessia já fazia questão de nos alertar sobre o que enfrentaríamos no fim da trilha, afinal de contas eu não iria caminhar tanto para chegar no final e não dar um mergulho na tão esperada piscina natural, pois com os #AdventureBloggers, missão dada é missão cumprida!
Não demorou muito e quando já acreditava que ainda andaríamos por alguns minutos mais, eis que encontramos aquele poção lindo com águas tão cristalinas que conseguia facilmente ver as pedras que estavam a mais ou menos uns 4 ou 5 metros de profundidade. A água, bem, ela estava realmente gelada! Mas foi como se a minha alma tivesse tomado um belo banho, totalmente revigorante!
Bela piscina natural na trilha do Malacara – água MUITO fria
Aproveitamos a parada para comer uns snacks dar uns belos pulos na piscina natural, mergulhei a vontade e foi legal ver que ninguém resistiu ao mergulho nas águas geladas desta piscina natural mais profunda. Em breve tem também a TV Boa Viagem que fez uns vídeos bem legais que atualizaremos nesta publicação muito em breve!
Mergulho na piscinona natural que tem no fim da trilha do Malacara
Caso queira se aprofundar nesta experiência, então recomendamos uma passadinha na nossa galeria de fotos sobre esta trilha das piscinas naturais do Cânion Malacara
Serviço
Trilha das Piscinas do Malacara Endereço: estrada geral vila rosa
Horário de funcionamento: Todos os dias da semana, das 8:00 às 17:00 horas. Em dias de muita chuva é proibida a entrada.
Valor da entrada: Não cobra a entrada, mas para percorrer a trilha é necessário apresença de um condutor de ecoturismo local.(credenciado pelo Parque Nacional)
E-mail: [email protected]