Depois que realizei duas voltas ao mundo no ano passado (2014), várias pessoas passaram a me perguntar quais seriam alguns dos melhores lugares que haveria conhecido até então. É uma pergunta difícil e retórica, porém gosto muito de falar que o Palau está entre os destinos que lutam pelo topo de melhores lugares que já visitei na vida. E não é sempre que os melhores destinos do planeta se transformam em lugares feitos para estourar limites de cartões de crédito. Bom, ao menos não em Koror.
Dentre as matérias que já publiquei sobre esta pequena nação da Micronésia, várias relatam minhas experiências da forma mais verdadeira possível, algumas delas fazem questão de relatar os fatos mesclando uma infinidade de dicas sobre como se virar em um destino tão remoto para não voltar para casa com a vida financeira completamente destruída. No post de hoje venho compartilhar com você um pouco mais sobre as minhas dicas verdadeiramente econômicas para conseguir driblar os gastos e maximizar a qualidade da viagem em Koror.
Guesthouse/Albergue no Palau: Ms Pinetree
Em um breve momento me peguei com um ticket para o Palau e nenhum conteúdo disponível em língua portuguesa sobre esse país. Eu sequer saberia por onde começar a encontrar a melhor maneira para me hospedar. Com alternativas hoteleiras restritas a grandes resorts e hotéis de classe mediana comandados por japoneses, parecia que não conseguiria encontrar um lugar legal, agradável e fácil de fazer amizades em um destino que se quer era conhecido em meu país até então. Foi quando partimos as pesquisas para o mundo em língua inglesa, e eis que encontramos a melhor Guesthouse dessas ilhas: a casa de Ms. Pinetree.
Entrei em contato via e-mail informando que estava com viagem marcada e se teriam um quarto para que eu pudesse passar meus 5 dias em Koror me sentindo literalmente “em casa”. Não queria ficar em hotéis ou resorts nesta oportunidade para tentar minimizar os custos, expandindo as possibilidades de fazer novas amizades com locais e mergulhar na cultura micronesiana. Eis que eu estava preste a tomar algumas das melhores decisões para a minha viagem no Palau.
Fechei 5 diárias a 30 dólares por dia, perfazendo um total de 150 dólares de hospedagem em um quarto compartilhado (contando com duas beliches), ar condicionado, banheiro também compartilhado e todas as facilidades de uma casa com cozinha americana. Foi tão bom que mesmo estando em um quarto compartilhado, acabei passando meus 5 dias praticamente sozinho nos meus aposentos, mesmo sendo compartilhados.
Na montagem anterior você pode ver a fachada da casa de Ms. Pinetree e a foto do quarto em que fiquei hospedado. Além disso eles conseguiram um transfer desde o aeroporto às 4 da manhã por meros 10 dólares. Foi fundamental para que eu realmente conseguisse ter firmeza de que esse pessoal era confiável.
Conhecendo alguns dos costumes locais em uma guesthouse
Fiz todas as minhas próprias refeições em casa. Com pouco mais de 40 dólares eu fiz compras para cozinhar meus jantares e fazer um café da manhã reforçado para encarar os dias de mergulho. Foi legal também pois acabei aprendendo um pouco sobre os costumes e guloseimas locais, tal como o “Betel Nut”, uma espécie de castanha que os locais costumam mastigar com frequência, um verdadeiro vício que tinge de negro os sorrisos dos nativos.
A casa de Ms. Pinetree funciona por temporada. Na alta ela costuma receber muitos turistas estrangeiros, porém na época que visitei haviam apenas 3 turistas (contando comigo) e mais algumas pessoas que moravam ali por vários meses por conta do trabalho, boa parte deles eram norte-americanos que trabalhavam com tecnologia ou então em serviços especiais (marinha, exército e aeronáutica estado-unidense). Entre um passeio de barco e um mergulho eis que voltava pra casa para socializar com a galera, sempre havia alguém cozinhando uma iguaria gostosa, porém eu achava legal mesmo era ser introduzido à culinária local, tal como foi quando experimentei alguns doces locais (montagem seguinte).
Comida local e algumas amizades que deixei na Micronésia
Foi legal também ter conhecido pessoas locais, tal como o Tio Palau, o Techi e o seu amigo Laramy Adachi, pessoas humildes e que possuem parentesco inclusive com a família que governa a ilha. Eles me mostraram um pouco do melhor que há no Palau e também me ensinaram algumas palavras da língua local. Foi um grande prazer tecer amizades em um destino tão remoto quanto este. A seguir deixo você com um vídeo que fiz na casa de Ms. Pinetree, alguns minutos antes de partir para meus mergulhos. Vale a pena anotar as dicas para a sua viagem ser realmente proveitosa. Para fazer uma reserva nesta pousada estilo “bed and breakfast”, basta visitar o site deles: www.mspinetrees.com
Ms Pinetree Guesthouse