Desembarquei em Denpasar, na Indonésia, alugamos um carro barato no aeroporto de Bali e rompemos pelas rodovias que conectam as cidades e vilarejos dessa gigantesca ilha procurando conhecer o máximo possível. A primeira parada foi em Ubud, centro cultural de Bali, onde tivemos a oportunidade de conhecer o Santuário Sagrado Floresta dos Macacos. Um dia depois estávamos novamente na estrada rumo ao norte da ilha, para fazer mergulhos nos belos corais de Tulamben. Nesse meio termo a ordem era fazer o people watching nas feiras, ruas e templos que encontrávamos em nosso caminho.
Com meus dias quase esgotando, depois de investir dois dias no norte da ilha era hora de voltar para a parte mais urbana e desenvolvida de Bali, onde encontram-se as baladas, os fast-foods e onde concentram-se a maioria dos turistas estrangeiros que visitam essa região da Indonésia. Nosso destino era Kuta, mas até chegar lá era preciso romper a ilha ao meio percorrendo suas rodovias apertadinhas de direção inglesa e com direito a paradas constantes para admirar as paisagens e interagir com os locais.
Estradas do interior da Ilha de Bali
A seguir vocês podem conferir um take com o visual que íamos contemplando conforme vencíamos os quilômetros – dirigir na nossa contra mão era um frio na barriga constante!
Rodando na mão inglesa pelas rodovias da Ilha de Bali rumo a Tulamben
E no meio dessa correria toda para conhecer Bali, é claro que a gente sente uma fome lascada. E como comer no meio de uma Ilha tão exótica, em lugares que na maioria das vezes sequer possuíam restaurantes? Como visitamos lugares mais distantes, era necessário fazer paradas para comer em lugares fora da rota, em vilarejos e até em cidades com maior população. O grande problema era esse – o QUE COMER? A fome era uma constante em muitos lugares, pois a maioria dos locais não fala inglês, o cardápio não traz fotos e aí companheiros é apontar para uma pedida e cruzar os dedos.
Uma refeição realmente chamou a atenção. De Tulamben a Kuta fizemos uma parada em uma cidade que até parecia um tanto quanto desenvolvida. Era um restaurante familiar – estacionamos o carro, entramos e as garrafas de Teh botol lembrávamos a todo tempo – estávamos na Indonésia – mas até lá nesse pequeno restaurante consegui encontrar uma lata de uma bebida tipicamente brasileira…
Refeição típica da Ilha de Bali – arroz, galo e amendoins
A refeição foi servida – arroz, duro, seco, sem tempero, em papa, amendoins e um pequeno recipiente com água e limão (que até pensei que seria para beber), que é tradicionalmente servido juntamente com as refeições para que você possa ir lavando seus dedos conforme vai se alimentando – exato – os talheres eram nossas mãos, assim como já havia mencionado em posts anteriores sobre essa nação – é comum ver as pessoas se alimentando com as mãos, sem usar garfo, faca ou o hashi (os pauzinhos japoneses…)
O prato principal era uma espécie de galo ao molho de curry, bastante apimentado, com cebolas e com um tom adocicado. Como eu descobri que era galo? Bom eu pedi ao garçom que me mostrasse o animal (com mímicas é claro), ele riu e apontou para um galo que andava no fundo do restaurante!
E não pensem que na Indonésia se come mal não! Na noite anterior a saída ainda conseguimos comer um belo omelete feito por um vendedor de rua, eu fiz um vídeo para compartilhar com vocês a receita desse balinense:
Street Food – omeletão balinense
Detalhes de rodovia no interior da Ilha de Bali indo pra Tulamben
Comer, comer e comer! Bom, essa é uma parte definitivamente importante em uma viagem – eu faço questão de investir em descobertas gastronômicas, mas sempre zelando pela segurança do meu estômago – não é legal ter uma desinteria do outro lado do planeta – mas eu sou adepto da idéia de que se parece que está bom, então é melhor comer do que passar vontade!
Um caminho de muitos arrozais, mirantes, engarrafamentos e detalhes tão distintos – quanto mais nos aproximávamos de Kuta, maiores eram as mudanças no visual das residências, dos adornos nas ruas e consequentemente da invasão publicitária do capitalismo moderno, que nos fazia questão de lembrar que estávamos no século XXI. Depois de várias horas entre zigue-zagues, chuva, altos e baixos, enfim haviamos chegado a Kuta, um dos points turísticos mais badalados da ilha de Bali.
Praia de Kuta – Bali – Indonésia
Quer saber o que dá pra visitar desde Kuta? Então continue de olho nas nossas atualizações – na próxima matéria sobre Bali vamos te levar para conhecer a praia que os surfistas mais adoram, próxima dessa cidade – a famosa Uluwatu.
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Veja os comentários (2)
Fala meu bro, Cara, q saudades bateu lendo seus relatos e assistindo aos vídeos. Fiquei 30 dias em Bali, me apaixonei pela diversidade dos cheiros, sabores...de tudo. Qdo cheguei em Ubud, passei uns 3 dias sem conseguir sair do hotel, com a conhecida Bali Belly...a dor de barriga, detão conhecida tem até nome...heheh Abração
Olá Guilherme amigão! Agradeço pela visita e compartilho contigo das mesmas experiências com relação a dor de barriga - em Bali não tive tanto esse problema pois abri mão em certo ponto de me alimentar pelas ruas e foquei nessa parte da viagem em fast-foods americanizados - eu era cliente extra-vip no KFC (sem contar o tanto que não era barato!) Foi uma das fases mais econômicas dessa viagem ao Sudeste da Ásia - eu vivia com aquele receio constante de colocar algo pra dentro e passar por problemas estomacais, daí foquei no fast-food e passei bem até voltar pra Tailândia! Abração amigo!