Entre os templos de Angkor Wat no Camboja

Angkor Wat

Começo 2014 relatando uma das últimas experiências realizadas no Sudeste Asiático. Tão marcante como foi conhecer as Ilhas Phi Phi e Samui, a belíssima Ilha de Bali na Indonésia ou a Baía de Halong no Vietnã, este último destino é o mais marcante e obrigatório para os visitantes do Camboja – o equivalente ao que Machu Picchu é para a América do Sul, um dos maiores complexos de templos da Ásia: as Ruínas de Angkor Wat, próximo à cidade de Siem Reap, noroeste do Camboja.

Estamos aqui falando simplesmente de um dos maiores e mais complexo monumento religioso existente no planeta, que por sua vez foi em um primeiro momento a casa de orações para Hinduistas e posteriormente se estabilizou como um Complexo de Templos Budista.

Angkor Wat em Siem Reap

É marco tão fundamental para o Camboja quanto seria o Cristo Redentor no Rio de Janeiro para o Brasil, tanto que sua imagem foi parar estampada no centro da bandeira cambojana. Turistas de todas as partes do planeta viajam ao Sudeste da Ásia para visitar as praias da Tailândia estendendo a visita até o país vizinho para se maravilhar com o show de composições que é caminhar entre os templos de Angkor, a construção que foi sede real, centro político e religioso do Império Khmer.


Chegando a Angkor Wat no Camboja

Por ser complicado visitar todo complexo de templos em apenas um dia, justamente por esse motivo a administradora de Angkor Wat flexibiliza a forma de acesso.

Quanto custa para visitar Angkor Wat

A forma mais barata é pagar os U$ 20,00, o que lhe dará direito a um dia completo e o retorno no dia seguinte para ver o nascer do sol, ou U$ 40,00 para 3 dias, consecutivos ou não, durante uma semana.

Há ainda o passe de 7 dias por U$ 60,00. Todos os visitantes são fotografados e ganham uma carteirinha como a da montagem anterior logo na entrada principal.


Angkor Wat – Camboja – adentrando os templos

Qual a melhor forma de visitar os templos de Angkor Wat

Angkor é uma verdadeira cidade de templos. Sua extensão territorial é de 400 quilômetros quadrados e tem sua construção datada do ano 1112. Para conhecer todos os templos é necessário tempo, algo que não tive em uma viagem de 30 dias pelo Sudeste da Ásia, visitei Angkor com um dia completo e no dia seguinte parti para Bangkok bem cedo.

Estas são as ruínas de duas diferentes capitais do Império Khmer, iniciado por Jayavarman II, o homem que deu pontapé à construção desta fascinante atração turística cambojana, listada desde o ano de 1992 como Patrimônio Cultural da Humanidade.

Caminhar pelos apertados corredores internos do principal templo de Angkor é um convite a se perder pelas impressionantes esculturas espalhadas aos montes pelas grossas paredes de pedra maciça, entende-se facilmente os motivos de uma construção como essa ir parar na bandeira de seu país, representado como símbolo máximo de uma nação.

Existem certas esculturas cravadas nas paredes chamadas Apsaras, que são a representação de espíritos Hindus, sempre femininos, parcialmente nuas e que representam as nuvens e águas – verdadeiramente impressionam pela riqueza de detalhes e perfeição na representação dos traços cambojanos, no formato dos lábios e desenho do rosto – IMPRESSIONANTE!


Apsaras, espíritos femininos das nuvens e águas hinduistas esculpidos nas paredes de Angkor

Outro detalhe sensacional é perceber o quão ótimo está o estado de conservação desta que é uma obra com pouco menos de mil anos de idade – é possível perceber com clareza cada feição das esculturas espalhadas por praticamente todas as paredes internas dos templos de Angkor Wat. As apsaras desenhadas parecem dançar conforme você caminha, e são mais de 2.000 esculturas dessas “bailarinas celestiais” espalhadas por todos os templos.


Esculturas pelas paredes de Angkor Wat

No interior do templo principal de Angkor Wat existem cinco torres gigantes em formato de loto, atingindo alturas superiores aos 60 metros, lugares impressionantes que se combinados com a cor azul dos céus dos arredores de Siem Reap são capazes de construir paisagens como as da montagem logo a seguir:


Viagem pelos templos de Angkor

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O grande problema para os turistas que visitam este expoente máximo da arquitetura desenvolvida pelo Império Khmer é que acaba sendo necessário romper as distâncias entre as principais construções de várias formas, seja caminhando (bastante por sinal!), em corridas de tuk-tuk, alugando uma bike em Siem Reap, em passeios de VAN ou com transfers em moto-taxi. Uma excelente alternativa para quem viaja sozinho é contratar o próprio motorista de moto-taxi que também vai bem a calhar como guia turístico e que não cobrará mais do que 10 dólares para o tour.

Já o tuk-tuk é recomendado para grupos maiores, o problema aqui é não ter o próprio motorista-guia, eles não gostam muito de ser exclusivos por conta da alta demanda de corridas que existem entre os templos. Conheci vários turistas que estavam em bicicletas alugadas e que afirmaram não existir forma mais interessante para conhecer o lugar!


Em um dos templos de Angkor Wat – Camboja

Em cenários como os proporcionados caminhando entre as paredes acinzentadas destes templos é possível passar desapercebido aos detalhes, os pequenos detalhes momentâneos que proporcionam as fotos que mais conseguem expressar a realidade de um lugar tão fenômenal quanto é Angkor Wat.


Monges, paredes cinza e um visual impressionante em Angkor Wat

As cores da roupa utilizada pelos monges e as pilastras de sustentação das várias janelas espalhadas pelos corredores dos templos também podem ser palcos expressivos de um dia de experiências em Angkor Wat.

Mas nada é mais expressivo do que caminhar em uma ponte com várias formas esculpidas em pedra maciça, ou ainda ter a possibilidade de contemplar com os próprios olhos a figura da Naga, uma escultura que designa um grupo de divindades presentes na mitologia hinduista/budista, frequentemente representado por uma gigante cobra-real de várias cabeças (a maior cobra venenosa que existe).


Divindades da mitologia hindu e budista.

É o tipo de lugar que te faz viajar alguns anos no passado simplesmente por ser possível caminhar pelas ruas que conectam seus templos e ter a oportunidade de cruzar portais transcendentais como o ilustrado na montagem a seguir:


Portal de acesso aos templos de Angkor Wat, no Camboja

E quem dirá atravessar um portal como este montado nas costas de um grande elefante cambojano? Pois esta também é uma alternativa disponível para os turistas se deslocarem entre os templos, eu diria até que seria a forma mais tradicional possível 🙂 E com sorte caminhando por ali ainda foi possível contemplar a beleza de uma dançarina cambojana devidamente trajada para ser fotografada em troca de alguns dólares (!!!)


Mulher vestida com trajes típicos do Camboja

E para findar o dia, antes mesmo do sol se pôr e a administradora enviar a inspeção de rotina para retirar os turistas do parque, que fecha às 17:30, ainda é possível correr para o topo de um dos templos para contemplar o pôr do sol em formato de bola de fogo encerrando mais um dia de explorações em Angkor Wat.


Pôr do sol nos templos de Angkor Wat no Camboja

Vale a pena visitar Siem Reap!?

Outro passeio recomendadíssimo, e experiência esta que será a responsável pelo meu retorno ao Camboja, é apreciar o nascer do sol próximo ao lago que fica em frente ao templo principal de Angkor Wat, vale a pena voltar para reconhecer estes templos com o máximo de tempo possível, este foi meu último dia no Camboja e um marco para a posteridade em minha memória.

Ainda vamos falar mais da Ásia, em breve publicarei o post encerramento dessa série, não deixe de acompanhar!

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Categorias: ÁsiaCambojaSudeste Asiático

Veja os comentários (1)

  • Olá ! Eu também estava em Siem Reap e posso recomendar o Centro Wayism lá se você estiver interessado em espiritualidade, saber mais sobre a religião na Camboja, a filosofia da Wayism etc. Há também um curso diário de curta duração gratuito sobre a espiritualidade da Camboja e muitas outras actividades, tais como diferentes tipos de meditação , pintura de seda e seminários sobre energia , chakras etc. Eu aprendi muito lá. O que também a mim gosta é que seus ensinamentos sao do sânscrito que já têm milhares de anos e não algo que é talvez recentemente inventada... Aqui o link: http://www.wayist.com Os desejo uma boa viagem! :)